O governador Mauro Mendes (União) voltou a defender o confisco de terras de pessoas que cometem crimes ambientais. Ele destacou que não é justo que os produtores, a sociedade e o meio ambiente paguem o preço pela irresponsabilidade dos que desmatam ilegalmente a florestas.
Ele destacou que a ideia foi aprovada pelo setor do agronegócio, que entendeu a importância de penalidades mais duras e o reflexo negativo que as práticas criminosas podem trazer para o país no mercado internacional.
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“Fiz uma reunião com 41 presidentes de sindicato logo após que eu voltei […] da 27ª Conferência do Clima, conversei com eles amplamente e ao final ninguém discordou, saíram de lá todos convencidos que precisamos fazer algo. Hoje, em Mato Grosso, menos de 1% das pessoas que trabalham no campo praticam esse crime, é justo que 99% [dos produtores], a própria sociedade e o meio ambiente paguem pelo crime de menos de 1% das pessoas ou é correto nós penalizarmos duramente esse menos de 1% para que elas cessem a atividade ilegal?”, questionou durante coletiva de imprensa para o lançamento da Operação Amazônia na última terça-feira, 7 de março.
Mauro comentou que o crime, além de trazer impactos negativos ambientais, também faz com que o governo aplique uma grande quantidade de recursos que poderiam ser investidos para o fortalecimento de políticas públicas de outros setores.
“Todos nós estamos pagando a consequência, olha quanto custa essa operação, o governo de Mato Grosso já investiu R$ 180 milhões nesses quatro anos completos para combater essa atividade criminosa no nosso Estado. É dinheiro que poderia estar indo para a Educação, para aplicar em esporte e lazer”, destacou.
Lei frouxa
O governador ainda defendeu que o Congresso Nacional adote alguma medida para tornar mais dura as penalidades contra os criminosos ambientais.
“A lei brasileira é frouxa em diversas áreas, tenho falado e vou continuar repetindo isso o tempo todo, porque são essas minhas convicções, mas isso não depende do governador, não depende a Assembleia Legislativa, isso dependeria, fundamentalmente, do Congresso Nacional possivelmente numa mudança na Constituição”, disse.