O secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, quer se reunir com os deputados estaduais antes do final do recesso legislativo, que termina no dia 31 de julho, para tentar melhorar a relação com os parlamentares. A relação entre governo e Assembleia sempre foi alvo de críticas dos deputados, que alegavam que os secretários ignoravam e não atendiam às suas demandas.
Além de tentar ter uma relação mais “pacífica” com os parlamentares, Fábio deve aproveitar o momento para discutir algumas pautas do governo para o segundo semestre deste ano, como a proposta que restringe a atuação de Organizações Não-Governamentais (ONGs) que não respeitam a legislação ambiental brasileira em conselhos e outros grupos de discussões. Também está na pauta um novo pedido de empréstimo para a Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Secitec) e o Orçamento de 2024.
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“Eu espero fazer isso [reunião] antes do reinício do calendário legislativo do segundo semestre. Eu liguei pra todos, telefonicamente, conversei com todos, recebi muitos na Casa Civil e também fiz uma visita na Presidência da Assembleia. Mas, espero poder sentar com todos antes do reinício dos trabalhos legislativos do segundo semestre”, disse Garcia, em entrevista à imprensa nesta terça-feira, 18 de julho.
Fábio foi nomeado secretário-chefe da Casa Civil após Mauro Carvalho ter deixado o cargo para ocupar a cadeira do senador Wellington Fagundes (PL), como suplente. Garcia também se licenciou do seu mandato de deputado federal para assumir a vaga no Palácio Paiaguás.
“O meu maior desafio é dar continuidade ao trabalho que o Mauro Carvalho fez na Casa Civil, que é garantir essa relação muito respeitosa, harmônica, que existe entre todos os Poderes, entre o Legislativo, o Executivo, o Judiciário e para dentro do governo, garantir que o governo trabalhe com a maior eficiência possível”, frisou.
Nos bastidores, comenta-se que a posse de Garcia na Casa Civil foi uma articulação do governador Mauro Mendes (União) para dar mais visibilidade política para Fábio, principalmente na capital, já que o deputado federal disputa com o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, a preferência de candidatura a prefeito de Cuiabá nas eleições de 2024.
