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Política Segunda-feira, 08 de Janeiro de 2024, 12:42 - A | A

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NOVELA ELEITORAL

Futuro de Botelho deve ser definido ainda em janeiro; União não dificultará saída

Partido deve oferecer carta de liberação para Botelho e qualquer outro deputado que decidir acompanhá-lo para outra legenda

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

O futuro político do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), deve ser definido até o final deste mês. Em conversa com jornalistas nesta segunda-feira, 8 de janeiro, o deputado estadual Júlio Campos (União) afirmou que já está pacificado que Botelho será liberado caso não haja um consenso dentro do partido em favor de sua candidatura a prefeito de Cuiabá nas eleições deste ano.

Botelho vive uma "queda de braços" com o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, que tem a preferência pessoal do governador Mauro Mendes para ser o candidato do União Brasil a prefeito de Cuiabá. Sem encontrar espaço na sigla, Botelho já tem as malas prontas para mudar de partido, mas precisa da carta de liberação para não incorrer em infidelidade partidária, o que poderia custar seu cargo de deputado.

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“Final do mês nós temos uma resposta para isso, né?! O governador pediu um tempo e isso vai ocorrer daqui até final do mês para ver se chega um consenso dentro do União Brasil. Não chegando, o governador confirmou que a carta de liberação do deputado Botelho para uma mudança partidária será assinada com certeza, sem nenhuma restrição, até final do mês”, garantiu Júlio.

Segundo o deputado, a carta de liberação também será oferecida aos parlamentares que quiserem acompanhar Botelho para outra legenda, sem nenhuma restrição por parte do governador Mauro Mendes, presidente do partido em Mato Grosso.

Atualmente, Botelho goza do apoio de todos os deputados estaduais do União Brasil. Mesmo assim, Júlio avalia que a saída do presidente da Assembleia não deve provocar uma grande debandada na sigla. Segundo ele, pode haver um acordo para liberar os demais deputados para apoiarem a candidatura Botelho, mesmo que ele esteja em outro partido.

“Mudar de partido não é fácil, né?! Tem que ser muito bem estudado, mas que vai haver uma liberação de apoio ao candidato do outro partido, pode haver. Isso já ocorreu várias vezes nas eleições de Mato Grosso”, afirmou.

O provável destino de Botelho, caso escolha mudar de partido, é o PSD, do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. A sigla já ofereceu toda a estrutura necessária para que o presidente da Assembleia trabalhe sua candidatura em Cuiabá e aguarda apenas uma definição dele.

SONDAGEM

Apesar de evitar falar em uma debandada, o próprio Júlio admitiu que tem conversado com lideranças de outros partidos e que pode, sim, mudar de sigla em um futuro próprio. Um de seus possíveis destinos é o recém-criado Partido da Renovação Democrática (PRD).

“Esse final de semana, conversei muito com o [...] presidente do PRD, o Partido de Renovação Democrática, que é o novo 25. E aí, vamos conversando... Tudo é possível. [...] Você sabe aquela frase famosa de Ulysses Guimarães? A política é que nem nuvem, cada hora está de um jeito”, concluiu.

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