O empresário Domingos Kennedy foi oficialmente anunciado como pré-candidato à Prefeitura de Cuiabá pelo MDB, o mesmo partido do atual prefeito Emanuel Pinheiro. Sem se considerar de esquerda nem de direita, ele se apresentou como o "prefeito do povo" e avisou que não pretende entrar em brigas durante a campanha política, pois seu foco é trabalhar. "Deixo para eles resolverem", disse em referência aos seus concorrentes já declarados e aos futuros.
"Enquanto vão brigando, vou conversando com o povo. Não vou entrar nessa, nós vamos trabalhar. Não quero saber de briga", afirmou durante discurso à imprensa nesta terça-feira, 9 de julho, em Cuiabá.
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Kennedy ressaltou que ainda está se familiarizando com todo o processo, já que faz apenas uma semana que foi "apadrinhado" pelo MDB. "Preciso entender mais sobre os problemas da capital, mas daremos atenção à saúde, aos servidores, à boa relação com o governador e às propostas de melhoria para o povo. Vamos trabalhar para melhorar a vida dessas pessoas. Eu tenho experiência como gestor, enquanto eles [outros candidatos à prefeitura] são deputados. São boas pessoas, mas eu sei gerir", pontuou.
Kennedy também mencionou que pretende criar uma "controladoria do prefeito". "Será composta por um engenheiro, um economista, um comprador e um advogado. [...] Se o prefeito sentir que há algo errado, essa equipe vai in loco verificar e garantir que eu e o secretário não tenhamos problemas futuros", explicou.
Relação com o governador
Diferente de Emanuel, que não possui uma relação amistosa com o governador Mauro Mendes (União), Kennedy garantiu que é amigo do governador e que manterá uma relação próxima. "Essa briga [Emanuel x Mauro] prejudica principalmente o povo. É o povo que perde mais do que qualquer outra pessoa. Não vamos trabalhar assim. Vamos nos sentar e trazer todos os benefícios possíveis para o povo, pois eles merecem. O povo merece o nosso carinho", ressaltou.
Polêmica dos modais
Sobre o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e o Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), Kennedy afirmou que não quer se envolver. Para ele, o VLT traria mais conforto, mas com a instalação em andamento do BRT, ele acredita que o melhor é se conformar: "Temos que aceitar. Se foi feita uma pesquisa e foi escolha do povo, então tem que ser respeitado", disse.
Quanto à denúncia apresentada na última semana pelo deputado estadual e pré-candidato ao Alencastro, Lúdio Cabral (PT), que comprova que a concessão do BRT já estava prevista em contrato, mesmo sem o modal estar pronto e sem processo licitatório, Kennedy preferiu não se envolver. O quarto aditivo do contrato n. 003/2017/01/04/SINFRA prevê que o Consórcio Metropolitano de Transporte (CMT) poderia assumir a administração do modal, caso seja de interesse do Governo do Estado e dos Municípios de Cuiabá e Várzea Grande. Ao levar isso para plenário, Lúdio e Eduardo Botelho (União) protagonizaram uma discussão acalorada, uma vez que a CMT pertence ao irmão do deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Sobre o assunto, Kennedy novamente preferiu não se envolver. "Deixo para eles resolverem".
Emanuel lá, eu cá
Por fim, Kennedy afirmou que não tem ligação com Emanuel e que não foi apadrinhado por ele, mas sim pelo partido. "Ele [Emanuel] não vai fazer parte da minha campanha. Ele tem o compromisso dele com o povo e eu vou fazer a minha campanha. Sou mais uma opção para o povo, assim como os outros candidatos. Vamos trazer as melhores propostas", concluiu.
Além do empresário, estavam presentes no evento o presidente do diretório municipal do MDB, Francisco Faiad, o deputado federal Emanuelzinho, o deputado estadual Juca do Guaraná, vereadores da capital e lideranças da sigla.