O deputado federal Emanuel Pinheiro Neto, o Emanuelzinho, criticou a forma que seu partido, o MDB, está sendo dirigido em Mato Grosso. Em sua avaliação, a sigla não tem uma direção e acabou se tornando um “partido de aluguel”, servindo apenas para atender interesses pessoais de suas lideranças.
Em outubro, o diretório estadual fará eleição para escolha da nova diretoria. Existe uma ala que defende a permanência do ex-deputado federal, Carlos Bezerra, na presidência, enquanto outro grupo defende a renovação do comando, com o deputado federal Juarez Costa sendo o nome cotado.
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“Por isso que eu digo, o MDB é um partido de aluguel. Você não tem mais convenção partidária para discutir os projetos do partido. O Bezerra não apresentou qual é o plano de trabalho dele. Nem se é ele candidato, se é Janaina [Riva, deputada estadual] candidata, quem vai ser candidato? Se forem candidatos, qualquer projeto para Cuiabá, Sinop, Várzea Grande? Quem vai compor a chapa?”, questionou durante entrevista à imprensa na última semana.
O parlamentar comentou que, caso continue com a mesma postura, pretende sair e migrar para outra agremiação que faça política com mais diálogo.
“É tudo feito na correria, somente para garantir uma sigla partidária para fazer negociata, ter eleição negociada. Então eu digo: política partidária, eleição de composição. E não é isso que eu quero para o MDB. O MDB é muito maior que isso. Se é para ficar só nesse sentido, eu também não tenho problema nenhum. Saio do MDB, procuro outro rumo onde queiram fazer política séria”, disse.
Conforme o deputado, o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, também defende uma política de renovação no diretório estadual do partido.
“Ele [Baleia] não tem dúvida que o MDB precisa caminhar juntamente com o grupo do prefeito Emanuel Pinheiro, que é o líder da capital, é a segunda força política do estado de Mato Grosso, depois do governador, então naturalmente tem que caminhar com o prefeito Emanuel Pinheiro”, comentou.