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Política Segunda-feira, 10 de Julho de 2023, 12:28 - A | A

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A CONTA CHEGA

Emanuel relembra "sacrifício" da família em 2022 e cobra lealdade do PT

Filho do prefeito é vice-líder do presidente na Câmara dos Deputados

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

Tarley Carvalho

Editor-adjunto

A postura do Partido dos Trabalhadores frente à gestão Emanuel Pinheiro (MDB) acirra a já fragilizada Federação Brasil de Esperança (PCdoB, PT e PV) e fortalece ainda mais o grupo do governador Mauro Mendes (União Brasil), que pretende voltar a comandar a capital. Embora não seja parte oficial da federação, Emanuel ditou os passos do grupo na eleição do ano passado, tendo sua esposa, a primeira-dama Márcia Pinheiro (PV), candidata ao Governo do Estado. Agora, com o PT mantendo o discurso que é oposição à gestão municipal, o prefeito cobra lealdade do partido.

“Márcia Pinheiro saiu, deixou o sonho de ser candidata a deputada estadual, ia ser suplente do Neri, por pedido do Neri, abriu mão de tudo para garantir o palanque para o presidente Lula em Mato Grosso pela federação”. explica Emanuel.

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A cobrança não é para menos. Embora nunca tenha se candidatado a outro cargo político, a primeira-dama possui liderança entre as mulheres na capital e ostenta capital político neste meio. Para se ter uma ideia, Marcia foi a responsável por articular a "Onda Verde", que lotou a Praça Alencastro, durante a eleição de 2020, quando o marido foi reeleito. Caso se candidatasse à Assembleia Legislativa, suas chances de vitória seriam muito maiores.

Contudo, devido a um impasse acerca do candidato ao Governo no ano passado, a primeira-dama acabou abrindo mão do Parlamento estadual e assumiu a disputa ao Palácio Paiaguás, mesmo com chances remotas de vitória. Ainda assim, ela conseguiu atingir a segunda colocação na disputa.

Toda essa movimentação política teve como estratégia garantir um palanque a Lula (PT), que era candidato e tinha por objetivo derrotar o então presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição.

No primeiro turno, Emanuel e o filho, o deputado federal Emanuelzinho (MDB), declararam apoio à presidenciável de seu partido, a hoje ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. Márcia ficou sozinha no palanque de Lula. Já no segundo turno, o filho do casal endossou a campanha, enquanto Emanuel preferiu a neutralidade, para evitar retaliação à capital, por qualquer que fosse o candidato.

Hoje, Márcia continua a apoiar o presidente Lula e Emanuelzinho é seu vice-líder na Câmara dos Deputados. Mesmo assim, o PT municipal continua a repetir que é oposição ao prefeito, que tem como vice José Roberto Stopa, presidente estadual do PV, partido que integra a federação.

Poucos meses após uma eleição, cujo lema principal foi a ampla coalizão, e um histórico de nunca ter chego ao comando da Capital, o diretório municipal segue se isolando, afastando possíveis aliados e afugentando até mesmo quem já faz parte do grupo, como o Partido Verde.

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