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Política Sexta-feira, 13 de Maio de 2022, 14:50 - A | A

Sexta-feira, 13 de Maio de 2022, 14h:50 - A | A

DEFENSOR FERRENHO

Emanuel rebate declarações de aliados contra suspensão do BRT

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), rebateu as declarações de aliados políticos, que criticaram a suspensão dos procedimentos relativos à implantação do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) em Cuiabá e Várzea Grande. A decisão foi tomada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) após pedido do prefeito, que é defensor ferrenho do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), modal originalmente programado para uiabá e Várzea Grande.

O Município de Cuiabá ter apontado irregularidades no processo de mudança do modal que estava previsto para ser instalado em Cuiabá e Várzea Grande. Para Emanuel, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União), cometeu uma “bola fora” ao declarar que não tem sentido a suspensão feita pelo TCU.

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“Estava aqui até com a fala dele [Botelho] dizendo que vai atrapalhar, vai atrasar as obras. Uai, lutar pelo melhor para a população cuiabana é atrasar as obras? 10 anos da obra atrasada, agora que você está falando isso, meu irmãozinho? Gosto demais de você Botelho, mas não faz isso não, você é cuiabano, você é daqui, você tem que lutar pelo melhor”, destacou o prefeito durante uma live nas redes sociais.

Defensor do VLT, Emanuel comentou que o BRT é um sistema antigo e que a capital merece um transporte coletivo moderno.

“Larga de carcaça velha de ônibus, BRT foi sucesso há 50 anos em Curitiba, Cuiabá não pode olhar pra frente? Cuiabá não pode se equiparar com as principais cidades do Brasil e do mundo? O Rio de Janeiro acabou de fazer aí e está um sucesso o VLT lá, por que Cuiabá não pode ter um VLT?”, questionou.

O prefeito também rebateu uma declaração feita pelo prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB), sobre o valor da tarifa do VLT. Durante entrevista à imprensa nesta semana, Kalil, falou que é favorável ao BRT devido ao tempo de execução e custo benefício. Ele chegou a questionar se o usuário do transporte coletivo teria condições de pagar R$ 10 na tarifa.

Informação que foi rebatida por Emanuel, que chegou a pedir que Baracat apresentasse o estudo que aponte que o valor do bilhete do VLT seria R$ 10.

“Preciso conversar mais com você [Kalil], quem falou pra você que a tarifa vai ser R$ 10 do VLT? De onde saiu isso? Vi uma entrevista sua, cadê o estudo técnico, cadê? Será que é coisa de técnicos do governo do Estado, que estão querendo chutar pra cima para tentar desmoralizar o VLT, que é o que a de melhor para população?”, questionou.

Representação - Na última semana, o ministro Aroldo Cedraz acatou a representação feita pelo Município de Cuiabá, que apontou irregularidades no processo de mudança do modal que estava previsto para ser instalado em Cuiabá e Várzea Grande.

Na representação, o município diz que o processo de mudança do transporte ocorreu sem ouvir o Grupo de Trabalho Mobilidade Cuiabá e que o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) não foi ‘conclusivo’ o suficiente para embasar a decisão.

No mérito, a Prefeitura pediu que seja elaborado um “EVTEA suficiente, adequado, robusto e exauriente, que deverá inclusive contar na sua elaboração com a participação dos municípios afetados pela execução da obra (governança interfederativa) bem como de toda a população interessada (democracia participativa)”.

Na quarta-feira, 12 de maio, o Tribunal de Contas decidiu manter a decisão cautelar.

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