Acusado de não ter "bom senso" por defender a manutenção do projeto de implantação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) respondeu o senador Jayme Campos (União Brasil) na live semanal realizada nesta terça-feira, 30 de agosto.
Emanuel voltou a defender o VLT e apontou que o exagero parte de Mauro, por ter desistido do modal após o Estado já ter investido R$ 1,2 bilhão em obras e compra de equipamentos.
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"Jayme é meu amigo, gosto demais dele, amizade de família de mais de 60 anos, mas quem exagerou na dose senador, não foi eu. Foi o governador do Estado, que jogou fora R$ 1,2 bilhão investidos para a implantação do modal em Cuiabá e Várzea Grande", disse Emanuel.
Emanuel ainda lembrou que Mauro prometeu durante a campanha que iria terminar as obras do VLT e pediu apenas um ano para apresentar uma solução. No entanto, dois anos depois, o governador decidiu trocar o modal para o Ônibus de Trânsito Rápido (BRT, na sigla em inglês).
"O VLT representa a modernidade, eficiência, sustentabilidade, conforto, decência e dignidade para o usurário do transporte coletivo. Ele foi eleito com a promessa de que iria terminar o VLT. Pediu um ano para entregar a solução, mas jogou tudo fora. A cidade continua rasgada. Várzea Grande também. Com todo respeito ao Jayme, mas eu sempre estive do lado do povo. E nesse caso, é injusta a colocação do meu amigo", defendeu Emanuel.
A briga entre o governador Mauro Mendes (União Brasil) e o prefeito de Cuiabá sobre a implantação do VLT já dura anos. A alfinetada de Jayme em Emanuel aconteceu durante o evento em que o governador assinou o contrato com o consórcio que venceu a licitação para implantar o BRT.
Em conversa com jornalistas, Jayme afirmou que o desentendimento de Emanuel e Mauro é uma besteira. "Eu acho que tem que ter bom senso, não pode continuar o que está acontecendo até hoje. Eu acho que o Emanuel Pinheiro está exagerando um pouco a dose", disse o senador.
Jayme, por outro lado, concordou com a decisão do governador e avalia que a solução proposta é a resposta viável. "O que eu quero é que seja resolvido com transporte de boa qualidade. E essa troca é a solução. O governo argumenta que o BRT é mais barato e terá a tarifa mais barata", avaliou.
