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Política Sexta-feira, 06 de Outubro de 2023, 10:17 - A | A

Sexta-feira, 06 de Outubro de 2023, 10h:17 - A | A

CHAPÉU NA MÃO

Emanuel peregrina em Brasília para tentar construir VLT apenas em Cuiabá

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) está em Brasília tentando articular com o Governo Federal a inclusão da proposta de construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) apenas em Cuiabá, por meio do Novo PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), que prevê investimentos de mais de R$ 65 bilhões em projetos de infraestrutura e mobilidade em todo o país. A retomada do projeto exclusivamente em Cuiabá já havia sido adiantada pelo filho do prefeito, o deputado federal Emanuel Pinheiro Neto (MDB), também conhecido como Emanuelzinho.

Emanuel afirmou que ainda não há uma estimativa de custo para a retomada da implantação do projeto. Ele explicou que o Município elaborou apenas um anteprojeto para apresentar à equipe técnica do Governo Federal, em colaboração com membros do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (CREA-MT).

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"A proposta está pronta, inclusive a apresentação. Já apresentei ao ministro [Alexandre Padilha, Relações Institucionais] e a alguns técnicos por ele convidados, e eles ficaram entusiasmados com a ideia de Cuiabá receber um sistema de transporte tão sustentável, moderno, confortável e respeitoso com os usuários do transporte coletivo. Isso vai transformar Cuiabá", relatou em entrevista à rádio Vila Real FM nesta sexta-feira, 06 de outubro.

Emanuel mencionou que os detalhes adicionais do projeto serão apresentados somente após a aprovação do Governo Federal.

"Houve o projeto do VLT na região metropolitana que o Governo do Estado abandonou, desperdiçando mais de R$ 1 bilhão, para implantar o BRT, que é um sistema de transporte do passado com ônibus no corredor central. Portanto, atualmente não temos um referencial claro para aproveitar qualquer aspecto do sistema, equipamentos ou vagões do VLT", comentou.

Sobre o trajeto do modal, o prefeito afirmou que a intenção é manter a mesma rota prevista no projeto original, conectando o centro da cidade com as avenidas do CPA e Fernando Corrêa. No entanto, ele não descartou a possibilidade de incluir novas rotas.

"Não é possível desviar muito desse trajeto, mas estou orientando minha equipe a conduzir um estudo mais abrangente que possa permitir uma expansão da rota do VLT, desde que seja economicamente sustentável e beneficie a cidade, especialmente o centro histórico, além de proporcionar um serviço conveniente e respeitoso aos milhares de usuários do transporte coletivo em nossa capital", explicou.

A novela do VLT se arrasta desde antes de 2014, quando o modal deveria ter sido entregue para a Copa do Mundo. O projeto já consumiu mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos e foi alvo de investigações. Em 2017, devido a indícios de irregularidades, o Estado cancelou o contrato com o consórcio VLT Cuiabá/Várzea Grande. Três anos depois, após um estudo, o governo optou por mudar o modal e, em abril do ano passado, anunciou a empresa vencedora do processo licitatório responsável pela realização das obras do BRT, no valor de R$ 468 milhões.

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