O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) foi enfático ao dizer que não vai permitir que as obras para implantação do BRT (Ônibus de Transporte Rápido) sejam iniciadas em Cuiabá.
“Como é que um ente federado vem, resolve fazer sem qualquer respeito às políticas públicas do município, que tem autonomia, tem suas políticas públicas, inclusive de mobilidade urbana, muita avançada. ‘Nós queremos o BRT e nós vamos fazer, não quero, o prefeito não quer, a maioria da cidade não quer, como é que você vai fazer?”, questionou o prefeito em coletiva nesta segunda-feira (28) durante solenidade de entrega de novos ônibus.
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Emanuel cogita a possibilidade de recorrer à Justiça para evitar o início da obra na capital.
“Atrapalhou desde o Pedro [Taques, ex-governador] pra cá, eles deviam ter definido, estourou essa coisa nas nossas mãos aqui e nós temos que resolver. Pra fazer os direitos do povo cuiabano eu tenho a judicialização como alternativa, é o que me resta. Eu faço tudo por Cuiabá, sempre disse isso, vou até o último recurso, limite. Na minha gestão não começa essa obra”, destacou.
Desde que o governo começou a discutir a possibilidade de trocar o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) pelo BRT, o prefeito tem feito críticas e defendido a conclusão do VLT. A mudança foi tema de troca de alfinetadas entre Pinheiro e o governador Mauro Mendes (União).
No último dia 17, o governo finalizou o processo de licitação para a contratação de empresa para a realização das obras. O Consórcio Construtor BRT Cuiabá venceu o processo com proposta de R$ 468 milhões.
O VLT faz parte do pacote de obras programadas para a Copa do Mundo de 2014, mas não foi concluído até hoje. De lá pra cá, o projeto foi alvo de operação e ações na justiça que resultaram na rescisão do contrato e mudança de modal.
