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Política Terça-feira, 12 de Janeiro de 2021, 11:00 - A | A

Terça-feira, 12 de Janeiro de 2021, 11h:00 - A | A

"TRAIÇÃO"

Emanuel diz que bancada do MDB se uniu ao governador para destruí-lo

Rafael Machado

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou nesta terça-feira (12) que se sente traído por seus colegas de partido, por não o terem apoiado durante sua campanha à reeleição. Apesar do sentimento, Emanuel garantiu que não pretende deixar o MDB e vai dialogar com as lideranças para reconstruir a sigla. 

“Houve uma traição do meu partido em relação a mim. Todo mundo lá se aconchegou com o governador, quis fazer média com o governador, para tentar me destruir politicamente. Só que não combinaram com o povo. Eu combino só com o povo. Com exceção do deputado Romoaldo Junior, todos, sem exceção... tiro o Carlos Bezerra [presidente do MDB em Mato Grosso] disso, meu partido se uniu ao governador do Estado numa sanha. Não sei de onde tiraram isso”, comentou o prefeito durante entrevista à rádio CBN nesta terça-feira (12), dizendo que a situação já foi superada. 

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Emanuel também reprovou a decisão da bancada do seu partido na Assembleia Legislativa por ter votado a favor do projeto encaminhado pelo governador Mauro Mendes (DEM), que pedia autorização para assinar um termo aditivo alterando o modal de mobilidade urbana previsto no contrato de empréstimo com a Caixa Econômica Federal, de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para Ônibus de Transporte Rápido (BRT). 

Emanuel reclamou que seus “companheiros” partidários ignoraram seus posicionamentos, contrário à mudança do modal, e votaram no “afogadilho” a proposta. 

“A primeira medida que tomei como prefeito reeleito foi entrar na Justiça para garantir que a população cuiabana seja respeitada, seja ouvida em relação a uma possível mudança de modal. Com menos de uma semana de mandato, a Assembleia vota em regime de urgência-urgentíssima a mudança desse modal e a minha bancada não me ouve. Tem sentido isso?”, questionou o prefeito. 

“Não me ouvem. Não ligam pra mim. Acabei de tomar posse, na minha cidade, cidade que eu administro, pelo menos me ouvir: ‘Emanuel como é essa questão do VLT. Qual a posição da prefeitura? Como você está se posicionando? Não! Votaram tudo no afogadilho. Por que isso? Por que atropelar a população cuiabana dessa forma? Por que não consultar a população? Por que não consultar o Município? Não aceito, mil vezes não aceito, vou morrer atirando aos interesses de Cuiabá e a população cuiabana”, acrescentou. 

Na semana passada, os deputados aprovaram a proposta do Executivo, com manifestação contrária apenas dos deputados petistas Lúdio Cabral e Valdir Barranco, a mudança do modal no contrato de empréstimo. 

A decisão do governo de mudar o modal, após resultado de pesquisa de um grupo de trabalho, incomodou o prefeito da Capital que alega não ter sido ouvido. Emanuel já ingressou recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) para evitar mudança do VLT para BRT. 

“Isso é traição a Cuiabá, não aceito, sei lá quem for, pode ser companheiro, pode ser oposição, pode ser como for, fazer isso com Cuiabá, fazer isso comigo é fazer contra Cuiabá, então não posso de companheiro”, destacou o prefeito.

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