Após a deflagração da operação Curare e afastamento do secretário municipal de Saúde, Célio Rodrigues da Silva, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) deve anunciar até a próxima quarta-feira (4) um novo nome para comandar a pasta.
A afirmação foi feita pelo vice-prefeito José Roberto Stopa (PV) nesta segunda-feira (2). Segundo ele, a ex-secretária de Saúde Ozenira Félix poderá ser aproveitada em outra pasta da gestão Emanuel.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo de WhatsApp e receba as notícias em tempo real (clique aqui).
“Acho que o prefeito deve pautar pela questão técnica, que deve pautar por um profissional que tenha conhecimento e vamos torcer para que essa decisão saia. Mas, com certeza, o prefeito está pensando nisso neste momento. O prefeito hoje não está em Cuiabá, mas tenho certeza que está preocupado com isso e, entre hoje e quarta-feira, ele deve tomar a decisão o mais rápido possível, em 48h ou 72h”, detalhou.
Segundo Stopa, o novo nome deverá ser responsável por grandes transformações na pasta. Em relação à operação Curare, Stopa revelou que ainda não tem informação sobre o objeto das buscas realizadas pela Polícia Federal.
“Eu não conheço o processo e eu tenho focado muito na questão do Contorno Leste, em obras. Se eu não tiver foco, não vou conseguir concluir e entregar. Estamos conversando sobre obras estruturais e outras coisa”, afirmou.
A OPERAÇÃO
Um dos objetos de investigação na Operação Curare é o contrato emergencial 29/2020, que trata da contratação da empresa Vip Serviços Médicos para realizar atendimentos na modalidade de terapia intensiva. As investigações apontam que a empresa não prestou os serviços.
Segundo a investigação, a empresa seria 'laranja' da Hipermed Serviços Médicos & Hospitalares S.A., que também já tinha sido contratada de forma emergencial pela Secretaria Municipal de Saúde.
“Contudo, de acordo com o relatório de fiscalização, não houve qualquer mensuração sobre a referida empresa por parte do responsável técnico e das pessoas contratadas, as quais, ao prestarem esclarecimentos, informaram que trabalhavam para a empresa Hipermed Serviços Médicos & Hospitalares S.A., o que, conforme a autoridade representante, indica a subcontratação total ou mesmo a atuação como “testa de ferro” da empresa contratada”, diz parte do documento assinado pelo juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Mato Grosso.
O contrato de R$ 4 milhões foi firmado com a Empresa Cuiabana de Saúde Pública, assinado pelo secretário de Saúde Célio Rodrigues da Silva e por Alexandre Beloto Magalhães de Andrade, que representavam o Hospital Municipal de Cuiabá, e por Douglas Castro, proprietário da Vip Serviços Médicos.
Nos autos, consta que a empresa Vip Serviços Médicos foi constituída no ano de 2017, com sede na Rua Cândido Mariano, região central de Cuiabá. Contudo, diligências constataram que o imóvel citado no endereço da empresa está abandonado há pelo menos 3 anos.
