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Política Quinta-feira, 07 de Julho de 2022, 10:48 - A | A

Quinta-feira, 07 de Julho de 2022, 10h:48 - A | A

GUERRA DOS MODAIS

Emanuel cogita pedir vagões ao Estado e terminar o VLT por conta própria

Em ação na Justiça, governo tenta obrigar o Consórcio VLT a vender os vagões e devolver dinheiro aos cofres públicos

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou que pretende fazer uma consulta técnica para saber se o Município de Cuiabá pode assumir as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e ficar responsável pela operação do modal. A informação foi revelada nesta quinta-feira, 7 de julho, durante a abertura da Conferência Municipal sobre o Modal de Transporte Público (VLT X BRT), que reuniu 17 entidades para debate na Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM).

Ávido defensor do VLT, Emanuel cogita pedir que o governo do Estado transfira para a Prefeitura a propriedade dos vagões que já foram comprados para a implantação do VLT, para que o Município elabore seu próprio traçado e se responsabilizar pela conclusão do modal.

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“O governo não quer. Várzea Grande tá aí meio não sabe bem ainda, não tem uma posição definida porque precisa de esclarecimento, mas não decidiu ainda se vai querer o VLT. Cuiabá quer o VLT! Então, tem alguma possibilidade técnica? Fica o governo aí pra decidir o que quiser, passa os vagões pra Cuiabá, Cuiabá faz o traçado aqui, a central de operações. É uma pergunta que vou fazer tecnicamente hoje, não sei se é possível”, afirmou o prefeito.

O governo do Estado já deu início ao processo para se desfazer dos equipamentos e materiais comprados para implantação do VLT, pois o contrato foi com o consórcio foi rescindido com aval da Justiça. Há uma ação judicial, ainda em trâmite, na qual o Estado pede que o Consórcio VLT venda os vagões e devolva todo o dinheiro já investido na construção do modal.

Em maio deste ano, uma comitiva da Prefeitura do Rio de Janeiro chegou a avaliar os vagões do VLT de Cuiabá, com a possibilidade de compra-los para expandir o sistema do VLT carioca. À época, secretário de Coordenação Governamental da Prefeitura do Rio, Jorge Luiz Arraes, disse que estava impressionado com o estado de conservação dos vagões do VLT de Cuiabá.

CRITICA - Durante a coletiva de imprensa, Emanuel fez críticas ao posicionamento do governo do Estado sobre a conferência organizada pela Prefeitura. Na quarta-feira, 6 de julho, o governo afirmou que a decisão sobre a troca do VLT para o BRT (Ônibus de Trânsito Rápido, na sigla em inglês) já estava pacificada. A nota afirmava ainda que os defensores do VLT tinham como base “experiências esporádicas no transporte coletivo durante passeios de férias”.

“Eu encaro isso como um deboche, mais um tapa na cara da sociedade, de quem depende do transporte coletivo. Não merece nem resposta uma afirmação dessa, vindo de um governador do Estado, que lá no passado, quando era prefeito, aprovou o VLT. Deixou arrebentar com a cidade inteirinha, que se eu não assumisse e desse o mínimo de embelezamento urbano, nós estaríamos iguais a Avenida da FEB até hoje”, disparou Emanuel.

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