Dollar R$ 5,60 Euro R$ 6,08
Dollar R$ 5,60 Euro R$ 6,08

Política Quinta-feira, 13 de Junho de 2024, 18:19 - A | A

Quinta-feira, 13 de Junho de 2024, 18h:19 - A | A

PEDIDOS DE AFASTAMENTO

Emanuel aciona desembargador no CNJ por perseguição política

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), disse nesta quinta-feira, 13 de junho, que irá acionar o desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), Luiz Ferreira da Silva, por perseguição institucional, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Emanuel alega que, por duas vezes, o magistrado decidiu pelo seu afastamento sem ao menos "ouvi-lo". Conforme o deputado federal Emanuelzinho (MDB) denunciou, o desembargador teria supostamente articulado para que seu irmão, um advogado, seja indicado para a sua vaga no TJ com a sua aposentadoria no ano que vem.

- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)

- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)

"Coincidentemente, por duas vezes, caiu nas mãos do mesmo desembargador a decisão de afastar-me do cargo, sem nunca ter ouvido o prefeito. E por isso, eu coloco em xeque um desembargador, porque eu questiono o desembargador, inclusive estou fazendo isso no CNJ. O deputado Emanuelzinho disse publicamente e denunciou que até as 'pedras sabem', juízes e autoridades sabem que o desembargador Luiz Ferreira afastou o prefeito da capital, tendo um suposto acordo para colocar o irmão dele no TJ. Porque ele se aposenta no ano que vem, quando completará 75 anos de idade. A vaga é de advogado e ele teria combinado com o irmão que este o sucederia. Isso quem disse foi Emanuelzinho, não sou eu quem fala. É muita coincidência, é a mesma coisa que acertar na Mega-Sena. Porque, sem ouvir, ele afasta o prefeito eleito e reeleito pelo voto popular. Ele tem que ser questionado, sim, porque ele não está acima do bem e do mal", afirmou durante entrevista ao Jornal do Meio Dia.

Emanuel disse que também sofre perseguição de um "aparelhamento institucional e político". Ele esclarece ainda que das 20 operações, a maioria caiu e destruiu imagens de "ex-secretários e servidores", e que nenhuma teve ele como alvo.

"O denuncismo pode vir de qualquer forma; existe o denuncismo político e o oficial, que é institucionalizado. E é do que estou sendo vítima, inclusive fui convidado para o debate da Rede Lawfare Nunca Mais, em Brasília, porque sofri o Lawfare, quando uma pessoa ou autoridade está sendo vítima do aparelhamento do Estado para perseguir, destruir politicamente ou financeiramente. Isso não sou eu quem fala, é visto nacionalmente. Com relação às 20 operações, nenhuma atingiu o Emanuel, e duas nada têm a ver comigo e colocaram meu nome lá, que é a Operação Sangria, e 4 ou 5 já caíram só para arrebentar com a reputação de ex-secretários e servidores públicos, e caíram por falta de provas. E a Capistrum, que tomou 37 dias do meu mandato em 2021, e a justiça federal decidiu que a justiça estadual é incompetente para processar e julgar o prefeito, e tudo pode ser anulado, está sujeita a anulação", comentou.

Emanuel lembra ainda que das operações que restam comprovação, entre 7 e 8 são da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), que foi criada pela gestão do governador Mauro Mendes. "São entre 7 e 8 operações que estão aí, a maioria delas da Deccor, que está em andamento. Não estou colocando em xeque o trabalho da Deccor, que é feito por delegados, agentes e investigadores muito preparados, mas não vamos esquecer que foi uma delegacia criada no estado pelo governador Mauro Mendes, e antes disso, nunca ocorreu nada. No meu 1º mandato, nunca fui questionado", disse.

search