Em seu último dia na Câmara de Cuiabá, o vereador suplente Eleus Amorim (Cidadania) apresentou uma representação contra sua colega de parlamento, Edna Sampaio (PT), por quebra de decoro parlamentar. O requerimento de processo ético foi lido durante a sessão ordinária desta quinta-feira, 04 de maio.
O documento foi apresentado devido à repercussão de uma denúncia de possível prática de rachadinha com verba indenizatória de chefe de gabinete. O caso apresentado pelo site RD News mostra prints em que a ex-chefe de gabinete, Laura Abreu, era cobrada para devolver o valor para contas bancárias da petista.
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Na tribuna, Eleus lembrou que nesta quinta é seu último dia como vereador, já que a titular Maysa Leão (Republicanos) reassume o posto. O parlamentar ressaltou que são graves as informações apresentadas à imprensa e que, durante o processo, a vereadora poderá apresentar sua defesa.
“As informações colocadas pela imprensa são graves e por serem graves devem ser apuradas. Por que ser apurada? Porque por muito menos vereadores já foram cassados, por denúncias muito menores já houve uma cassação. É o direito de defesa que nós estamos dando a ela, o direito dessa suspeita que foi colocadas”, destacou.
Ele ainda ressaltou que é dever dos parlamentares investigar e apresentar à sociedade cuiabana uma resposta sobre o caso.
“Moralidade, imparcialidade, direito de defesa tem que ser dado a ela, espero que ela aproveite esse espaço e que seja bem esclarecedora, porque tenho certeza que com uma pessoa com o currículo que ela tem, com a história que ela tem, saberá com toda a certeza colocar aquilo que foi colocado como suspeita e declarar aos senhores que irão julgar o parecer se ela está correta ou não”, frisou.
O requerimento deve ser analisado pela Procuradoria-Geral da Câmara e, em seguida, para análise da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar.
Em suas redes sociais, Edna fez uma live para se posicionar sobre a denúncia de rachadinha. Segundo ela, seu mandato adotou a centralização das verbas indenizatórias desde o início da legislatura, em 2021. As VIs da chefe de gabinete e da própria vereadora seriam, de acordo com Edna, para custear as despesas do trabalho legislativo.
“Essa é mais uma tentativa de represália à Vereadora que incomoda, por suas palavras, por sua coragem, e pelo seu posicionamento político, que não agrada aqueles que fazem de seus cargos públicos meio de perpetuação no poder e enriquecimento ilícito. Continuaremos a fazer política, sem medo, sem nos deixarmos intimidar por acusações levianas e mentirosas feitas por quem não merece a confiança do povo”, diz trecho da nota assinada por membros do gabinete da petista.
O requerimento deve ser analisado pela Procuradoria Geral da Câmara e, em seguida, para análise da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar.
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