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Política Quarta-feira, 28 de Junho de 2023, 07:06 - A | A

Quarta-feira, 28 de Junho de 2023, 07h:06 - A | A

VERBA INDENIZATÓRIA

Edna diz ter provas de que não cometeu rachadinha e fala em perseguição

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

As oitivas realizadas na última semana pela Comissão de Ética e Decoro Parlamentar foram tema de discussão na sessão ordinária desta terça-feira, 27 de junho, na Câmara de Cuiabá. A Comissão investiga denúncia de possível rachadinha de verba indenizatória por parte da vereadora Edna Sampaio (PT).

Quem trouxe o assunto à tona foi a própria Edna, que alegou que todas as pessoas que foram ouvidas pela comissão reforçaram a tese de sua defesa. Ela ainda acusou seus “opositores” de usar o processo para manchar sua imagem e adiantou que em sua oitiva, que será realizada nesta quarta-feira, 28, vai apresentar provas de que a denúncia é infundada.

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“Quando não encontraram as evidências da rachadinha ou da apropriação indevida da verba indenizatória que a própria Laura declarou que não havia, passaram então a extrapolar o objeto desta Comissão de Ética e retomaram uma discussão que não está nos autos do processo: a exoneração da senhora Laura Natasha [ex-chefe de gabinete]. É um absurdo isso, é um desrespeito ao processo legal, é um desrespeito à vereadora Edna Sampaio, que sequer tinha uma pessoa ali para fazer a mediação e o debate”, disse no plenário.

“Essa situação de extrapolar, de não respeitar o devido processo legal, está situação de não querer discutir um fato, mas discutir a vereadora Edna Sampaio, de querer criminalizar a vereadora Edna Sampaio, isso não vou admitir”, reforçou.

Logo após, a vereadora Maysa Leão (Republicanos) acusou Edna de mentir durante reunião da Comissão do Direito das Mulheres, logo após que o caso da demissão veio à tona. Ela comentou que a intenção era ouvir a ex-chefe de gabinete da petista, Laura Abreu, mas isso não ocorreu devido a pedido de Edna, que disse que a gravidez de sua ex-funcionária era de risco. Porém, essa informação foi negada por Laura na semana passada.

“Na reunião, a vereadora Edna declarou que era uma gestação de risco e que a demissão da Laura havia sido compactuada pelas duas para preservar a Laura. Nós não chamamos a Laura para ser ouvida por pedido da vereadora Edna, em respeito à fragilidade de sua saúde. Quando estávamos lá na Comissão de Ética, na oitiva, escutando sobre o caso de apropriação de VI, fomos surpreendidos com a Laura dizendo que não tem uma gestão de risco, que foi exonerada e que pediu pelo amor de Deus pelo seu emprego”, relatou.

“Então, precisa ficar claro aqui que a vereadora Edna trouxe inverdades para Comissão da Mulher. Quando ela fala do meu nome em um projeto de extrema direta para derrubá-la, isso é mentira, isso é leviano por parte dela”, acusou.

Em seguida, Dilemário Alencar (Podemos) destacou que os últimos depoimentos fortalecem a tese de que houve, sim, rachadinha por parte de Edna em relação à VI da chefe de gabinete. Ele destacou que a Câmara de Cuiabá deve adotar medida punitiva contra a parlamentar. Caso contrário, estarão criando “jurisprudência absurda” e legalizando a farra com dinheiro público.

“Caso prevaleça a tese da vereadora Edna de que não há ilegalidade nenhuma em vereador receber na sua conta corrente valores de VI que não lhe pertencem, a Câmara Municipal de Cuiabá estará criando uma jurisprudência absurda, onde estará legalizando a farra do uso do dinheiro público da verba indenizatória”, destacou.

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