A vereadora Edna Sampaio (PT) afirmou que o depoimento de sua ex-chefe de gabinete, Laura Abreu, foi útil para confirmar sua defesa, de que não houve rachadinha com os recursos da verba indenizatória. Laura foi ouvida pela Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Cuiabá nessa quinta-feira, 22 de junho.
Edna é alvo de denúncia por suposta apropriação da verba indenizatória destinada à chefe de gabinete. Ela disse em sua defesa que o recurso era utilizado para custear despesas do gabinete, afirmação que foi confirmada por Laura.
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“É importante destacar que a Laura confirma a nossa argumentação, nossa defesa desde o princípio, onde afirmamos que não houve 'rachadinha' e que os recursos da verba indenizatória foram gastos para as despesas de gabinete”, disse a vereadora, por meio de nota.
Durante o depoimento, Laura disse que, quando assumiu o cargo, foi instruída pela sua antecessora que todo o valor da VI deveria ser repassado para uma conta bancária da vereadora, para manutenção das atividades do gabinete. De acordo com a lei nº 6.628/2021, a verba indenizatória tem objetivo de custear as despesas da chefe de gabinete no exercício de suas funções.
Laura negou que tenha sido coagida para fazer as transferências e afirmou que apenas cumpria aquilo que havia sido instruído quando entrou na Câmara.
“Mesmo tendo alegado não saber a forma como foi gasto este recurso (o que não é verdade, pois ela foi informada disso), a Laura confirmou a existência de reuniões do conselho político do mandato, onde as prestações de contas foram feitas, e de termos utilizado os recursos para a aquisição de materiais e serviços, gastos sobre os quais a vereadora sempre foi consultada. Então, este depoimento, no que tange à acusação feita contra nós, confirma a tese da nossa defesa e isso é muito positivo”, afirmou.
PONTOS POLÊMICOS
Na nota, Edna não comentou sobre os pontos mais polêmicos do depoimento, como a exoneração de Laura após anunciar sua gravidez, e a desconsideração ao seu pedido para não ser exonerada, pois precisava do dinheiro do salário (R$ 7 mil) para fazer o enxoval do bebê. Laura é servidora municipal na área de Educação e recebe R$ 1,5 mil.
Além disso, a ex-servidora da Câmara comentou que a gestão do recurso era feita pelo marido da vereadora, Willian Sampaio, assunto que também foi ignorado pela petista na nota.
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Confira a nota na íntegra:
Depoimento de ex-chefe confirma tese da defesa, diz Edna
A vereadora Edna Sampaio (PT) avaliou que o depoimento concedido nesta quinta-feira (22) por sua ex-chefe de gabinete, Laura Abreu, à Comissão de Ética da Câmara foi útil para confirmar a tese da defesa e importante para esclarecer os fatos, pois confirmou que não houve ‘rachadinha’ nem uso indevido da verba indenizatória, além de negar também ter sido coagida.
“É importante destacar que a Laura confirma a nossa argumentação, nossa defesa desde o princípio, onde afirmamos que não houve 'rachadinha' e que os recursos da verba indenizatória foram gastos para as despesas de gabinete”, disse ela.
A parlamentar também destacou que a ex-servidora reafirmou o fato de haver reuniões do conselho político e a existência de prestações de conta.
Edna contestou que a exoneração tenha sido motivada pela gravidez, afirmando que isso ocorreu devido à incapacidade da ex-servidora de desempenhar suas atividades. Também reafirmou que foram garantidos todos os direitos trabalhistas da servidora, os quais foram pagos com a autorização do presidente da Casa, vereador Chico 2000 (PL).
“Mesmo tendo alegado não saber a forma como foi gasto este recurso (o que não é verdade, pois ela foi informada disso), a Laura confirmou a existência de reuniões do conselho político do mandato, onde as prestações de contas foram feitas, e de termos utilizado os recursos para a aquisição de materiais e serviços, gastos sobre os quais a vereadora sempre foi consultada. Então, este depoimento, no que tange à acusação feita contra nós, confirma a tese da nossa defesa e isso é muito positivo”, afirmou Edna.