A vereadora por Cuiabá, Edna Sampaio (PT), realizou uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 21 de agosto, para falar sobre a decisão judicial que determinou a suspensão dos trabalhos da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, que aprovou um relatório pedindo a cassação de seu mandato após entenderem que ela teria se apropriado indevidamente da verba indenizatória da sua ex-chefe de gabinete, Laura Abreu.
A petista aproveitou o espaço para se defender da denúncia de rachadinha e do entendimento de seus colegas de comissão. Edna alegou que homens tentaram “golpear” e de “provocar a morte” a morte da primeira vereadora negra da capital. Ela frisou que estão tentando vender uma imagem de que ela cometeu algum crime.
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“Querem fazer com que a vereadora Edna Sampaio saia pelas portas pela porta do fundo. Quero dizer que a primeira mulher negra da capital eleita vereadora não tem moral pra poder estar aqui. Querem colocar a vereadora Edna Sampaio como criminosa e eu não vou aceitar isso. Sei que meus adversários são poderosos. E eu quero saber quem está por trás disso. Quem são aqueles que patrocinaram esse absurdo contra mim? Essa atrocidade. Levarei até as últimas consequências essa situação de violação de violência política de gênero sem precedentes aqui nessa Casa”, destacou.
A parlamentar ainda alegou que os membros da Comissão de Ética não conseguiram respeitar o princípio legal, do contraditório e da ampla defesa, durante o transcorrer do processo. Ela explicou que o colegiado definiu as datas e os nomes que seriam ouvidos em oitivas sem antes ouvir a defesa, além disso, ela ainda reclamou que a equipe de defesa só teve acesso aos documentos de acusação após a petista ter sido ouvida.
“Tive meus direitos humanos violados em todos os momentos dessa comissão, um direito humano que afetou a minha condição psicológica, a minha condição psíquica afetou a minha equipe, afetou a minha família e eu pergunto, é pra isso que nós estamos aqui?”, questionou.
