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Política Segunda-feira, 27 de Setembro de 2021, 09:21 - A | A

Segunda-feira, 27 de Setembro de 2021, 09h:21 - A | A

FETHAB NA APROSOJA

“É só o começo das investigações”, diz Wilson após depoimento de Galvan

Jefferson Oliveira

Repórter | Estadão Mato Grosso

O deputado estadual Wilson Santos (PSDB), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal, não ficou satisfeito com o depoimento do presidente da Aprosoja Brasil, Antônio Galvan, nesta sexta-feira (24). Em conversa com jornalistas, ele afirmou que vai continuar investigando o gasto do dinheiro público enviado para a entidade.

Wilson afirmou que Galvan não detalhou sobre os questionamentos de interesses da CPI e ainda se recusou a responder questões sobre as acusações feita pelo seu filho, Rafael Galvan, sobre suposta corrupção dentro da Aprosoja.

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“O presidente Galvan falou muito e respondeu pouco. Ele não trouxe uma prestação de contas dos R$ 138 milhões e deixa os deputados com dúvidas na cabeça. Há projetos dentro da Casa para acabar com esse fundo ou determinar a prestação de contas, junto à Assembleia. Quem criou esse fundo foi o parlamento estadual. Temos o direito e vamos exigir prestação de contas”, afirmou.

Wilson acrescentou que há denúncias de malversação dos recursos da Aprosoja, supostamente feitas com o dinheiro que a Assembleia autorizou ser repassado para a entidade.

“A Assembleia é o pai desse fundo e não vai parar por aqui nessa oitiva. Foi apenas o começo das investigações sobre os recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), recursos de contribuições individuais para a Aprosoja”, declarou.

Aos jornalistas, Wilson explicou que o que está sendo investigado não é o Fethab em si. Segundo ele, junto ao Fethab é feita a cobrança de 1,15% da Unidade Padrão Fiscal (UPF) sobre a tonelada de soja e esse valor é repassado à Aprosoja. Esse repasse teria rendido quase R$ 500 milhões à Aprosoja desde sua criação.

Amparado em decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Wilson afirma que esse dinheiro é considerado público e, por isso, deve ser investigado.

Ao deixar a sala de depoimento, Galvan afirmou que todos os esclarecimentos foram dados durante a oitiva na CPI e não quis responder os questionamentos da imprensa.

“Com o maior respeito que temos pela imprensa e advogados, mas todos os esclarecimentos foram dados. Acredito que as respostas, todas elas foram colocadas, e acredito que vocês têm embasamento para digerir, vamos assim dizer, e publicar. Não tenho nada mais a dizer e declarar sobre o assunto”, falou.

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