O vereador por Cuiabá, Tenente Coronel Dias (Cidadania), criticou duas moções de aplausos concedidas pelo vereador Jeferson Siqueira (PSD) ao faccionado que foi morto em operação na última quinta (20) e defendeu que a Câmara precisa ser mais criteriosa em suas homenagens. O vereador afirmou que, se pudesse, revogaria essas homenagens e destacou a necessidade de continuar as operações contra o crime organizado, enfatizando que a população espera que a Casa valorize cidadãos trabalhadores e não criminosos. Dias afirmou que pretende apresentar ou apoiar um projeto que exija certidão negativa para homenageados pela Câmara. A declaração foi dada à imprensa nessa quinta-feira, 20 de março.
“Mais uma vez fica evidente que essa casa, ela tem que qualificar e entender quem ela traz para dentro aqui. O contribuinte paga muito caro para essa casa ficar fazendo moção de aplausos para pessoas como essa [...] se eu pudesse aqui e tivesse um instrumento para fazer uma moção de “desaplauso” ou retirar essa moção de aplauso, eu faria”, declarou.
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Dias relatou que a participação de facções criminosas no processo eleitoral não se limita a Cuiabá, mas é uma realidade em todo o estado de Mato Grosso e no Brasil. Ele lamentou o fato de a Câmara ter concedido homenagens a indivíduos com ligações criminosas e alertou que essa situação contribui para o aumento da opressão nas comunidades.
Defendeu que, no futuro, seja feita uma investigação social antes de conceder homenagens, garantindo que apenas cidadãos de bem sejam reconhecidos. Já conversou com a presidente da Casa, Paula Calil (PL), pedindo que mudem imediatamente este processo.
“[...] eu acredito que o cuiabano não quer ver isso, e a gente lamenta muito e [nós] vamos combater para que cada pessoa que seja, tenha uma moção de aplauso aqui, seja feita uma investigação social [...] vou apresentar esse projeto, se tiver em trâmite tem meu apoio e é isso que eu acho que a população Cuiabana precisa, as pessoas responsáveis não querem ver esse espaço sendo utilizado para esse tipo de coisa”, disse o parlamentar.
E, continuou.
“[...] olha, como eu disse nós precisamos ter um protocolo, já disse a presidente Paula, nós não vamos aplaudir pessoas com envolvimento com o crime, então se a prática não era essa, que passe a ser assim a partir de agora”.
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