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Política Sexta-feira, 26 de Julho de 2024, 20:36 - A | A

Sexta-feira, 26 de Julho de 2024, 20h:36 - A | A

RECLAMA, MAS COPIA

Deputados passam a usar o mesmo microfone usado por Lúdio em sessão

Laíse Lucatelli | ALMT

O deputado federal Abilio Brunini (PL) e o presidente da Assembleia Legislativa Eduardo Botelho (UB) passaram a usar o mesmo modelo de microfone utilizado pelo deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Cuiabá Lúdio Cabral (PT) no dia em que foi agredido por Botelho no plenário da Assembleia, conforme noticiado pela imprensa. Assim como outros parlamentares, Lúdio usa microfone de lapela no plenário para gravar seus pronunciamentos ao longo de todo o mandato e no início de junho passou a usar um modelo de microfone de lapela com fecho magnético, agora adotado pelos outros parlamentares, que também são pré-candidatos à Prefeitura de Cuiabá.

Depois de condenar o uso do microfone, Botelho adotou o mesmo microfone de Lúdio. O uso do microfone por Lúdio foi amplamente atacado por Botelho e seus aliados, pois revelou o diálogo que ocorreu no plenário da Assembleia Legislativa durante a sessão de 3 de julho, quando Botelho xingou e empurrou Lúdio ao vivo diante das câmeras, durante a votação do requerimento de urgência do projeto de Lúdio para obrigar a licitação do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido) e garantir passagem de R$ 1,00.

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“Vocês estão vendo esse microfone na minha camisa? É um microfone que eu utilizo sempre para gravar todos os meus pronunciamentos na tribuna da Assembleia, em audiência públicas, em entrevistas, para prestar contas à população do meu trabalho como parlamentar. Vocês viram o episódio triste que aconteceu na Assembleia no dia que Botelho mostrou seu desequilíbrio emocional, quando eu apresentei o projeto para obrigar a licitação do BRT e para estabelecer a tarifa a 1 real com recursos da venda dos vagões do VLT. Ele perdeu completamente o equilíbrio, me xingou, me empurrou e o que aconteceu lá no plenário só veio a público graças a esse vídeo e o áudio captado pelo microfone”, disse Lúdio.

Lúdio apresentou em 3 de julho o projeto de lei 1308/24, para obrigar a licitação do BRT em Cuiabá e Várzea Grande e estabelecer o valor de R$ 1,00 para passagem. No dia seguinte, Lúdio descobriu o contrato assinado em dezembro de 2022 que entregaria a concessão do BRT à empresa do irmão de Eduardo Botelho sem licitação, pois a empresa já opera os ônibus intermunicipais entre Cuiabá e Várzea Grande.

A tarifa atual do transporte intermunicipal já é subsidiada pelo governo de Mato Grosso. Os passageiros pagam R$ 4,95 mas a empresa recebe R$ 7,30 por cada passagem. Dessa forma, para garantir o subsídio e oferecer passagem a R$ 1,00 para a população de Cuiabá e Várzea, a estimativa é que o governo desembolse mais R$ 3,397 milhões por mês, num total de R$ 40,764 milhões por ano e R$ 203,8 milhões em 5 anos. Lúdio propõe que esse valor venha dos recursos da venda dos vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ao governo da Bahia, fechada pelo governador por R$ 793 milhões.

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