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Política Quarta-feira, 25 de Maio de 2022, 15:48 - A | A

Quarta-feira, 25 de Maio de 2022, 15h:48 - A | A

NOVELA SEM FIM

Deputados divergem sobre possível venda dos vagões do VLT

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

A possibilidade de venda dos vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) diverge opiniões na Assembleia Legislativa. O tema começou a ser discutido nesta semana após visitas de uma comitiva da prefeitura do Rio de Janeiro ao Centro de Manutenções e Controle Operacional, em Cuiabá.

O presidente do Legislativo, deputado Eduardo Botelho (União), disse que essa tratativa não compete ao governo. Em sua avaliação, quem deve negociar a possibilidade de vendas dos veículos é o consórcio é responsável pela obra do VLT.

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“A empresa tem que se virar com isso e devolver o dinheiro para o Estado”, defendeu.

Já o primeiro-secretário, deputado Max Russi (PSB), é favorável à ideia, desde que o governo tenha o entendimento fechado pela mudança do VLT pelo BRT (Ônibus de Trânsito Rápido).

“Se o governo decidiu e tem condição de fazer o outro modal, e não vai fazer mais o VLT, por que nós vamos segurar os vagões? Então, tem que vender mesmo. Por que vamos perder esse investimento? Aliás, vamos perder muito. Então vai ter que buscar formas e alternativas, se ficar decidido que vai ser o BRT e não o VLT, de desfazer todo o investimento que foi feito no VLT”, disse.

Conversa fiada – Na terça-feira, 24 de maio, o governador Mauro Mendes (União) negou qualquer tentativa de venda dos vagões do VLT. Ele explicou que os veículos não pertencem ao Estado e lembrou que existe uma ação que tramita na justiça para que o consórcio responsável pela obra dê uma outra finalidade aos equipamentos. Mauro ressaltou que o assunto é “conversa fiada”.

Novela sem fim - A novela do VLT se estende desde 2014, quando o modal deveria ter sido entregue. O projeto já consumiu mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos, já foi alvo de operação e teve o contrato rescindido em 2017. Após estudo, o governo decidiu mudar o modal e no último dia 28 divulgou a empresa vencedora do certame que será responsável pela realização das obras do VLT, no valor de R$ 468 milhões.

No entanto, no último dia 12, o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu manter a decisão cautelar que suspendeu todos os procedimentos administrativos relativos à troca do VLT por Ônibus de Trânsito Rápido (BRT).

Inspeção – A obra paralisada desde 2014 deve ser vistoriada pelos deputados federais que compõem a Comissão de Viação e Transportes da Câmara Federal. Na última semana, os parlamentares aprovaram o requerimento para realização de uma visita técnica para verificar a situação do modal.

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