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Política Sexta-feira, 01 de Dezembro de 2023, 07:19 - A | A

Sexta-feira, 01 de Dezembro de 2023, 07h:19 - A | A

"CIDADE DO MEDO"

Deputado lamenta que "capital do agro" sofra com alto índice de violência

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

Primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Max Russi (PSB) lamentou que a cidade mais rica do agro, Sorriso, figure em 6º lugar dentre as mais violentas do país, conforme os dados divulgados 17ª Anuário Brasileiro de Segurança Pública referente ao ano de 2022. 

A cidade voltou a ser destaque nacional devido à brutal chacina que vitimou uma mulher de 46 anos e suas três filhas, de 19, 13 e 10 anos.

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O parlamentar foi questionado por jornalistas se caberia uma convocação do secretário de Segurança Pública, César Augusto de Camargo Roveri, para mostrar o que vem sendo realizado no norte do estado para conter o alto índice de violência. Russi disse que o Legislativo tem uma Comissão de Segurança Pública que acompanha os trabalhos da pasta e não vê a necessidade de solicitar informações sobre as últimas ocorrências registradas no município que ganhou o apelido de "cidade do medo".     

"Temos uma Comissão de Segurança na Assembleia, que tem feito esse trabalho e o acompanhamento. É lógico que essa característica da cidade de Sorriso, é uma característica muito ruim e é ruim para o estado inteiro. Agora, a Assembleia, especificamente, não pode olhar um município específico, nem levar o desenvolvimento e fazer uma uma política pública exclusiva naquela cidade. A violência não é uma questão somente de Sorriso, é uma uma problemática que tem em Cuiabá, em Várzea Grande, em Jaciara, em Cáceres e [outros municípios]. Então, realmente tem que ser políticas públicas pensando no estado como um todo. É lamentável que o município próspero, rico e que desenvolve bastante, possa ter índices tão altos de violência", pontuou.

O parlamentar ressalta que a legislação contra criminosos como o assassino e autor da chacina, Gilberto Rodrigues dos Santos, 32 anos, devem ter penas mais duras. "O que a sociedade quer é algo rigoroso, mas principalmente, algo que essa pessoa não possa estar na rua novamente daqui um, dois ou daqui três anos, como vem acontecendo em muitos casos. Tivemos casos emblemáticos e muitas vezes, o policial prende de manhã, e à tarde esse [bandido] já está solto. Então é a legislação, o Poder Judiciário que tem que fazer a sua parte. E quando a gente vê alguns casos fortes [que ocorre isso], desmotiva toda à sociedade", lamentou. 

No início da semana, Roveri garantiu que a cidade de Sorriso não figura mais, em 2023, entre as cidades mais violentas do país. 

"Na verdade, Sorriso ocupava essa posição. A informação que você tem sobre Sorriso estar em 6º lugar, são dados de 2022. Então, a gente [tem que] estabelecer a verdade dos fatos. Sorriso hoje, ela tem 16% menos de furto, 50% menos de roubo em relação ao ano passado e latrocínio, também, na casa de quase de 50%. E homicídio, até o início de novembro, nós estávamos empatados. Teve uma curva ascendente até março, abril, e essa curva começou a cair acentuadamente mediante as operações integradas, às operações da Polícia Civil, no trabalho ostensivo, no trabalho investigativo. Deflagramos uma operação com 54 mandados de prisão e na sequência, quase um mês e pouco depois, deflagramos outra grande operação com 34 mandados de prisão. Então, a Segurança Pública tem feito a sua parte", justificou. 

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