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Política Sexta-feira, 24 de Fevereiro de 2023, 12:26 - A | A

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GUERRA DE IDEOLOGIAS

Deputada bolsonarista de MT acusa ministro de politizar chacina de Sinop

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

A deputada federal Amália Barros (PL) criticou uma publicação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, no Twitter, em que comenta sobre a chacina em um bar de Sinop (MT), nesta semana. Ela acusa Dino de politizar o assunto.

“As declarações do ministro da Justiça, Flávio Dino, politizando a tragédia em Sinop é mau caratismo e politização da violência. Essas famílias não merecem isso!! Elas merecem justiça, e não um ministro que politize uma tragédia!”, descreveu.

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Na publicação, o ministro compartilhou uma reportagem que menciona que um dos assassinos, Edgar Ricardo de Oliveira, tinha cadastro em clube de tiro e que o episódio era mais um resultado trágico da “irresponsável política armamentista” do governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do mesmo partido de Amália.

“[…] que levou à proliferação e “clubes de tiro”, supostamente destinados a “pessoas de bem (como alega a extrema-direita)”, descreveu.

O CASO

Informações preliminares apontam que os dois assassinos perderam uma aposta de jogo de sinuca e não aceitaram as brincadeiras feitas pelas vítimas. Todo o crime foi registrado por uma câmera de monitoramento.

As imagens mostram Ezequias Souza Ribeiro rendendo as vítimas e conduzindo-as para o mesmo lugar, contra a parede. Ele estava armado com uma pistola. Enquanto isso, Edgar foi até a caminhonete, onde pegou uma escopeta calibre 12, se aproximou das vítimas, que estavam uma do lado das outras, e começou a atirar.

Em meio ao caos, algumas pessoas tentaram fugir. Larissa Frazão de Almeida, de 12 anos, foi uma dessas. Ela chegou a correr, mas foi assassinada no meio da rua. Dentro do bar, seu pai, Getúlio Rodrigues Frazão Júnior, de 36 anos, também perdeu a vida. Os dois estavam com Raquel Gomes de Almeida, mãe de Larissa e esposa de Getúlio. Ela sobreviveu ao ataque.

Depois do crime, Edgar e Ezequias fugiram em uma caminhonete. O carro foi localizado horas depois, abandonado, com a escopeta, munição e uma garrafa de bebida.

Edgar anunciou que se entregaria à Polícia na tarde de quarta-feira (22), quando seu comparsa foi localizado por policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e acabou morto após entrar em conflito com os agentes. Ezequias Souza Ribeiro chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital.

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