Se as eleições fossem hoje, pelo menos 12 nomes estariam na disputa pela Prefeitura da Capital, mas muita coisa pode mudar no cenário eleitoral cuiabano entre 31 de agosto e 16 de setembro, quando encerra o prazo para realização das convenções partidárias, que neste ano será por videoconferência, conforme a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que adiou as eleições municipais para novembro por conta da pandemia de Covid-19.
Faltando pouco mais de 15 dias para o início das convenções partidárias, nove partidos já estão fechados para o apoio à reeleição do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). São eles o próprio MDB, PTB, PP, PV, Republicanos, PL, PSB, PSDB e PTC.
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Destes, quatro têm chances reais de indicar o vice da chapa. Pelo PV, a maior aposta é José Roberto Stopa. O PTB quer emplacar o vereador Adevair Cabral. No PSDB, embora uma ala defenda candidatura própria, dois nomes são apontados como opções para vice, sendo eles o ex-vereador Paulo Borges e o empresário Luiz Carlos Nigro. E, pelo PP, três: vereadores Marcrean Santos e Orivaldo da Farmácia e o ex-vereador Maurélio Ribeiro.
O DEM do governador Mauro Mendes deve entrar na disputa com ex-deputado federal Fabio Garcia, que ganhou força após o presidente da Assembleia Eduardo Botelho recuar de olho em cadeira no Tribunal de Contas do Estado (TCE). Jovem e de família tradicional da política, já que é neto do ex-governador Garcia Neto e sobrinho do ex-prefeito Rodrigues Palma, o democrata está animado para entrar na corrida eleitoral. Para dar força à pré-candidatura, aposta em atrair partidos que fazem parte da base de sustentação do Governo do Estado.
Aos 71 anos, o ex-prefeito de Cuiabá e comunicador Roberto França (Patriota) anunciou que pretende concorrer à Prefeitura da Capital. Nessa segunda (10) se afastou do programa Resumo do Dia, da TBO, cumprindo com o prazo da Justiça Eleitoral que impede a veiculação de programas apresentados por candidatos.
Além de prefeito de Cuiabá, França iniciou a carreira política como vereador na década de 1970 e já foi eleito deputado estadual e federal. Popular e carismático, ele aposta na confiança do eleitor cuiabano e diz que não pretende competir em recursos financeiros para a campanha e se diz pronto para enfrentar tanto o grupo do governador Mauro Mendes quanto do prefeito Emanuel Pinheiro.
O PT entrará na disputa com o advogado Julier Sebastião, que nesta semana se reuniu por três horas com o ex-presidente Lula para debater conjuntura política e estratégias de campanha. O ex-juiz federal, que em 2016 disputou a prefeitura pelo PDT e ficou na quarta colocação, promete fazer uma administração “contrária ao bolsonarismo” e “invertendo prioridades” com os mais vulneráveis cabendo no orçamento do município.
Já o PDT lançou a pré-candidatura do Maestro Fabrício Carvalho, maestro da Orquestra Sinfônica da UFMT, ex-Secretário de Articulação e Relações Institucionais da UFMT e ex-pró-reitor de Cultura, Extensão e Vivência da instituição. Com discurso voltado para novas práticas políticas, pretende construir a unidade dos partidos do chamado campo democrático e popular para levar adiante o projeto de comandar o Palácio Alencastro.
A única mulher na disputa é a ex-superintende do Procon Estadual Gisela Simona, do Pros, que abriu mão de disputar a eleição suplementar ao Senado para confirmar a pré-candidatura à Prefeitura de Capital Suplente de deputada federal, afirma representar a novidade na política local e sustenta que decidiu concorrer com base no “amor que tem Cuiabá”.
Já o pré-candidato do Novo, Paulo Henrique Grando, aposta na força das redes sociais para tentar conquistar o eleitorado. Entre as pautas que defende está a redução da máquina pública, defesa do presidente da República Jair Bolsonaro liberalismo econômico e contra os avanços das investigações sobre fake news no Supremo Tribunal Federal (STF) e contra a criminalização da divulgação fake news.
A pré-candidatura do deputado estadual Ulysses Moraes, do PSL, à Prefeitura de Cuiabá tem sido articulada dentro do partido e também com o apoio do colega de Assembleia Elizeu Nascimento (DC), cujo partido deve indicar o vice para o pré-candidato. Ele foi eleito aos 28 anos pelo DC e obteve 18.721 votos. Sua atuação política ganhou evidência nas redes sociais quando coordenou o Movimento Brasil Livre (MBL) em Mato Grosso.
O PSD também trabalha candidatura própria para disputar a Prefeitura de Cuiabá. A sigla tem como pré-candidato o grão mestre das Grandes Lojas da Maçonaria em Mato Grosso e empresário Geraldo Macedo. A pré-candidatura atende uma determinação da direção nacional do PSD, que baixou uma resolução exigindo candidatura própria nas capitais e nos municípios com mais de 100 mil eleitores, além de cidades com geradoras de televisão.
O PRTB lançou o professor, empresário e com experiência no setor público, Luiz Antonio de Carvalho para disputar a Prefeitura de Cuiabá. Aos 46 anos de idade, nascido e criado na Cuiabá, foi servidor público do Estado de Mato Grosso, ocupando o cargo de Gestor Governamental entre 2002 e 2015. Fundador e proprietário da LAC Concursos e empreendedor também no ramo de alimentação, é Administrador, Bacharel em Direito, Especialista em Políticas e Estratégias para o Setor Público, além de ser mestrando em Administração pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
Vereadores de oposição
Dois vereadores da oposição, que nestes quase quatro anos de mandato fizeram oposição sistemática a Emanuel, também são pré-candidatos a prefeito. São eles, Felipe Wellaton (Cidadania) e Abílio Júnior (Podemos).
Wellaton tem dito que o principal desafio não é derrotar Emanuel porque considera que o desgaste causado pelo Escândalo do Paletó vai falar mais alto já que avalia que a população já não “aguenta tanta corrupção. Segundo ele, o maior desafio é colocar nos eixos uma cidade com orçamento de R$ 12 bilhões que “teve secretário de Saúde preso e secretário de Educação afastado por superfaturar creche”.
Abílio sustenta que é pré-candidato apesar da perda do avô e o tio para a Covid-19 neste ano. Ambos eram presidente e vice-presidente da Assembleia de Deus em Mato Grosso, respectivamente. Por ser opositor ferrenho de Emanuel, diz que está sendo cobrado pelos seguidores das redes sociais para entrar na disputa e acredita quer o fato de ser de direita e ter sempre apoiado o presidente da República Jair Bolsonaro o credenciam junto ao eleitorado. Na internet, admitiu que terá dificuldade para compor sua chapa pelo fato de seu partido não ter muito tempo de propaganda partidária e poucos recursos para campanha.