A Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Cuiabá alterou o relator do processo que vai investigar a denúncia de possível rachadinha de verba indenizatória entre a vereadora Edna Sampaio (PT) e sua ex-chefe de gabinete, Laura Abreu.
Na reunião realizada na segunda-feira, 15 de maio, os membros definiram como relator o presidente da comissão, o vereador Rodrigo Arruda e Sá (Cidadania). No entanto, o regimento interno impede que o presidente ocupe esse cargo, com isso, eles definiram o vereador Kássio Coelho (Patriota) para que assuma as investigações.
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As informações foram divulgadas por Kássio durante a sessão ordinária desta terça-feira, 16.
“Tivemos uma reunião ontem para discutir a questão da relatoria do caso da nossa colega Edna. O nosso relator seria o vereador Rodrigo, mas como o regimento desta Casa não permite, nós ficamos como relator de mais um caso dessa Casa de Leis. Vamos estar na relatoria juntamente com o vereador Kero Kero e com o vereador Rodrigo e estamos à disposição para ouvir os colegas, bem como, dar o direito de a vereadora esclarecer todos os fatos”, disse.
A Comissão de Ética terá o prazo de 90 dias, podendo ser prorrogado pelo mesmo período, para apurar os fatos e apresentar um relatório para votação no plenário da Câmara.
Kássio também foi relator do processo que resultou na cassação do mandato do ex-vereador Tenente Coronel Paccola (Republicanos), que respondeu a um processo de quebra de decoro parlamentar pelo assassinato do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa.
DENÚNCIA
A vereadora foi alvo de uma denúncia de possível prática de rachadinha com verba indenizatória de chefe de gabinete. O caso apresentado pelo site RD News mostra prints em que a ex-chefe de gabinete era cobrada para devolver o valor para contas bancárias da petista.
O episódio fez com que seus colegas de parlamento apresentassem pedido de abertura de comissão processante na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara para apurar suposta quebra de decoro.
AUTODEFESA
A vereadora se defendeu das acusações dizendo que está sendo vítima de violência política e de gênero por pessoas que tentam desgastá-la emocionalmente com acusações que não tem nenhum fundamento.
Edna explicou que seu mandato é coletivo, e tem participação de co-vereadores, que são informados a cada trimestre sobre como estão sendo gastos os recursos de suas verbas indenizatórias, tanto suas como do chefe de gabinete.
A vereadora ainda destacou que a prática de rachadinha consiste na apropriação do salário do servidor, o que, segundo ela, não aconteceu.
Edna ainda prometeu recorrer na justiça contra todos que compartilharam inverdades sobre ela e também para reparar a sua imagem perante a sociedade cuiabana.