Presidente da Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá, Rodrigo de Arruda e Sá (PSDB) afirmou que irá analisar a partir desta terça-feira, 11 de junho, o pedido de cassação de mandato do vereador Paulo Henrique (MDB). O emedebista foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal na Operação Ragnatela, deflagrada na última quarta-feira, 5, para desmantelar um núcleo do Comando Vermelho que usava boates e casas de show para lavagem de dinheiro.
Nessa segunda-feira, 10, um grupo formado por sete vereadores pediu a abertura de processo de cassação contra Paulo Henrique.
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“Foi lido hoje em sessão, deve chegar para mim hoje à tarde e aí vou tomar ciência de todo o processo. Não foi instruída a parte documental. Aí, a próxima providência é a gente levar para a Procuradoria, fazer um estudo jurídico, e encaminhar talvez para o rito do decreto 201/67”, explicou Rodrigo Arruda.
Apesar de dizer que irá analisar a abertura do processo ético, Rodrigo Arruda avalia que ainda há poucas informações sobre eventual participação de Paulo Henrique no esquema investigado pela Polícia Federal. Ele lembrou que o vereador apenas foi alvo de um mandado de busca e apreensão e reforçou a necessidade de conduzir o processo com calma.
“Até agora ninguém teve acesso a investigação nenhuma, inquérito nenhum. É muito prematuro da parte de todo mundo agora falar alguma coisa do que está acontecendo com o Paulo Henrique, né?! Então, vamos aprofundar a matéria, vamos esperar mais as investigações aprofundarem, para que a gente possa, então, fazer qualquer tipo de encaminhamento”, argumentou.
Rodrigo avalia que o processo ético pode ficar pronto para ser avaliado pelo Plenário da Câmara na próxima semana, a depender da velocidade dos trabalhos na Procuradoria.
Na manhã desta terça, Paulo Henrique pediu licença do cargo por 31 dias. Ele afirmou que pretende trabalhar em sua defesa e ficar mais próximo à família neste momento. Segundo Rodrigo Arruda, o pedido de licença não altera o andamento do processo na Câmara de Cuiabá.
“Não altera em nada. Ele pediu para que possa ter mais tranquilidade para responder fora do Parlamento, se reunir com os advogados, se justificar e estar mais perto da família. Os trabalhos aqui dentro da Câmara seguem normal”, concluiu.