Preocupado com a fila de espera para a realização de cirurgias gerais e ortopédicas na rede pública de saúde, o deputado estadual Delegado Claudinei (PSL) apresentou requerimento à Secretaria de Saúde de Mato Grosso (SES) e para a Diretoria do Hospital Regional Irmã Elza Giovanella de Rondonópolis para esclarecerem sobre os atrasos nos procedimentos cirúrgicos aos usuários. O parlamentar apresentou a matéria, nesta quarta-feira (10), durante sessão plenária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
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No documento é questionado o motivo dos 30 leitos de Unidades de Terapia Intensiva UTIs Covid-19, desativados há quase dois meses, que voltaram a ser de enfermaria, ainda não estarem em funcionamento para os atendimentos clínicos gerais. Ele solicitou celeridade na contratação de equipe especializada em medicina intensiva para atender os 10 leitos de UTIs que serão abertos e, também, argumentou sobre o quantitativo de pacientes que aguardam para a realização de cirurgias na unidade de saúde que atende 19 municípios das regiões sul e sudeste de Mato Grosso.
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Ofício
A SES encaminhou ofício, no dia 14 de outubro, em resposta ao requerimento de n.º 494/2021 de autoria do parlamentar que solicitou informações sobre o quantitativo de cirurgias eletivas e ortopédicas realizadas no período de 2019 a 2021, sendo que foi apontado uma redução drástica nos atendimentos. “Antes da pandemia Covid-19, em 2019, foram realizadas 561 cirurgias gerais e, neste ano, foi somente um paciente que recebeu o procedimento cirúrgico. Soube que a unidade de saúde chegou a ter 100 pacientes na fila de espera. Precisamos entender o motivo desses atrasos e buscar uma solução urgente para a saúde pública”, declarou Claudinei.
Conforme os dados apresentados, foram 162 cirurgias gerais e 185 de ortopedia, no ano de 2020. Já em 2021, foi somente um atendimento cirúrgico geral e 359 ortopédicos. Sem contar que antes da pandemia da Covid-19, em 2019, foram 582 procedimentos cirúrgicos na área de ortopedia.
“Com a pandemia, houve a necessidade de reorganização dos hospitais em relação ao atendimento da nova doença em caráter de emergência. Considerando as taxas de óbitos em todo o mundo, foi necessário suspender os atendimentos médicos que não eram de urgência e emergência para que fosse possível o atendimento de casos de urgência de pacientes Covid-19”, relata diretora do Hospital Regional de Rondonópolis, Kênia de Lima Gomes, no ofício da SES.
Governo
Desde o anúncio do Programa MT Cirurgias, em setembro deste ano, com investimentos de R$ 105 milhões, não foi regularizado a fila de espera de pacientes que aguardam realizar cirurgias eletivas e ortopédicas. “A gente vê que a diretora do Hospital Regional de Rondonópolis tem força de vontade para resolver os problemas. O problema não só atinge Rondonópolis, vemos outros problemas de saúde pública em outros municípios. É muita falácia do governo que não resolve o problema efetivamente da saúde pública de Mato Grosso. A população paga os seus impostos, quer uma saúde pública de qualidade e está cansada de ouvir lorotas e mentiras”, critica o deputado.
Unidade
O Hospital Regional de Saúde de Rondonópolis é referência na região sul e sudeste de Mato Grosso, onde realiza atendimento por meio da Central de Regulação e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).