O presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL), disse que a vereadora Edna Sampaio (PT) agiu de forma errada ao pedir que sua ex-chefe de gabinete transferisse para sua conta os valores que recebia como verba indenizatória (VI).
Na explicação dada por Chico à imprensa, ele comenta que o recurso disponibilizado ao chefe de gabinete deve cobrir despesas oriundas de suas funções e não do gabinete.
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“Pode ser normal na compreensão dela, na compreensão desta Casa, deste presidente, não é uma situação normal, não é uma situação possível. Se há despesa no gabinete que essas despesas sejam cobertas com a verba indenizatória do vereador e se houver sido realizado qualquer tipo de despesa por parte do chefe do gabinete é para isso que ele recebe a verba indenizatória”, explicou.
“O responsável pelo recurso recebido é aquele que o recebeu, por isso, ele não pode ser repassado para A, B ou C para cobrir essa ou aquela despesa”, frisou.
A vereadora foi alvo de uma denúncia de possível prática de rachadinha com verba indenizatória de chefe de gabinete. O caso apresentado pelo site RD News mostra prints em que a ex-chefe de gabinete era cobrada para devolver o valor para contas bancárias da petista.
O episódio fez com que seus colegas de parlamento apresentassem pedido de abertura de comissão processante na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara para apurar suposta quebra de decoro. De acordo com o presidente, até o momento, dois procedimentos já foram protocolados.
Os documentos serão encaminhados para Procuradoria-Geral e, em seguida, para análise e investigação da Comissão de Ética.
“Já foi lido no plenário me parece que dois pedidos de processo ético contra a vereadora, o vereador Dilemário acabou de se pronunciar com relação a mais um. Esses procedimentos serão encaminhados para presidência e nós, imediatamente, encaminharemos para Procuradoria da Casa para falar sobre a legalidade, sobre quem fez as reivindicações se possível, se não é possível, enfim falar a respeito da legalidade dos pedidos, após esse parecer da Procuradoria, todo o conjunto será encaminhado para Comissão de Ética, para que a Comissão de Ética se reúna e inicie as apurações que devem ser feitas”, explicou.
NÃO FOI RACHADINHA
Na tribuna da Câmara, a vereadora se defendeu das acusações. Ela comentou que mais uma está sendo vítima de violência política e de gênero por pessoas que tentam desgastá-la emocionalmente com acusações que não tem nenhum fundamento.
Edna explicou que seu mandato é coletivo, e tem participação de co-vereadores, que são informados a cada trimestre sobre como estão sendo gastos os recursos de suas verbas indenizatórias, tanto suas como do chefe de gabinete.
A vereadora ainda destacou que a prática de rachadinha consiste na apropriação do salário do servidor, o que, segundo ela, não aconteceu.
Edna ainda prometeu recorrer na justiça contra todos que compartilharam inverdades sobre ela e também para reparar a sua imagem perante a sociedade cuiabana.