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Política Terça-feira, 30 de Maio de 2023, 14:21 - A | A

Terça-feira, 30 de Maio de 2023, 14h:21 - A | A

SAÚDE DE CUIABÁ

Chico pede investigação na Câmara sobre morte de 17 mil pessoas na fila de cirurgia

De acordo com o vereador, interventora teria dito que 17.682 pessoas morreram em Cuiabá na fila de cirurgias

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

O presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL), encaminhou um ofício para que a Comissão de Saúde da Casa de Leis apure a informação sobre a morte de mais de 17 mil pacientes que estavam na fila de cirurgia em Cuiabá. O documento foi lido pelo presidente do Legislativo durante a sessão ordinária desta terça-feira, 30 de maio.

A informação é atribuída à interventora do Estado na Saúde Pública na Capital, Danielle Carmona, e já motivou uma ação por parte da Prefeitura de Cuiabá. Chico pediu que a comissão dê o prazo de 15 dias para que a interventora informe os dados dos pacientes.

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“Diante dessa situação, solicito que esta modelar Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Cuiabá, tão bem presidida por vossa excelência, que amparo na competência que lhes confere a Lei Orgânica Municipal […] tome as medidas necessárias para apurar a veracidade dos fatos noticiados pela interventora do Estado na Saúde de Cuiabá, sobretudo para que esta forneça no prazo de quinze dias o nome das pessoas falecidas, as datas e os locais dos respectivos óbitos, as causas da morte, o endereço residencial dos falecidos e qual a cirurgia que o falecido estava esperando realizar”, pediu.

De acordo com o parlamentar, o dado foi apresentado pela representante do Estado durante reunião da Comissão de Saúde Pública da Assembleia Legislativa. Na ocasião, a interventora teria dito que 17.682 pessoas morreram em Cuiabá na fila de cirurgias.

Para Chico, o número de mortes divulgado é impressionante, assustador e precisa ser apurado “com todo rigor” pela Câmara de Cuiabá.

Não é apenas o Legislativo cuiabano que quer informações sobre o número, a Prefeitura de Cuiabá entrou com uma ação na Justiça para que ela prove os casos. De acordo com o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), o assunto foi tratado pela interventora de maneira “leviana e irresponsável”.

“Ela terá que provar, com documentos, quem morreu, a data do óbito, onde a pessoa morava, o local do óbito e o motivo da morte destas 17 mil pessoas que ela afirmou, de maneira leviana e irresponsável, que morreram por demora na fila de espera, apenas para justificar o injustificável, que é a violência dessa intervenção que está perdida e sendo usada politicamente pelo governo do Estado”, disse o prefeito, ao anunciar que estava acionando a Justiça.

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