Os vereadores por Cuiabá decidiram nesta terça-feira, 6 de setembro, concentrar as sessões deliberativas em apenas um dia da semana, às terças-feiras, para que os trabalhos na Casa não sejam prejudicados pelas eleições deste ano. Isso porque há 10 dos 24 vereadores estão disputando cargos eletivos e, portanto, estão dedicados à campanha.
Autor do requerimento, o vereador Chico 2000 (PL) afirmou que a campanha eleitoral acaba envolvendo todos os vereadores, mesmo aqueles que não estão disputando cargos eletivos. Seu argumento foi acatado por 19 vereadores, que votaram favoráveis à medida. Apenas o vereador Felipe Corrêa (Cidadania) votou contra.
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“Estamos em meio a um processo eleitoral, onde nesta Casa tem 10 vereadores que estão candidatos disputando este pleito e todos os demais vereadores também estão envolvidos em outras campanhas. Em razão disso, gostaria de requerer que colocasse para apreciação do Plenário, para que nós realizássemos na terça duas sessões, a sessão normal de terça e no horário seguinte na própria terça puxaria a sessão de quinta e assim seria até a data da eleição dia 2 de outubro. A partir da data voltaria ao normal”, disse Chico.
Durante a discussão, o vereador Demilson Nogueira (PP) reclamou sobre o esvaziamento das sessões deliberativas e chegou a propor que fosse extinta a possibilidade de participação remota. Ele chegou a brincar que nem conhece alguns parlamentares, pois não vão mais ao plenário, mas seu pedido não foi aceito.
Com essa alteração, a Câmara de Cuiabá segue um modelo que já está em vigor na Assembleia Legislativa, onde as quatro sessões deliberativas que eram realizadas em três dias diferentes - terças, quartas e quintas - passaram a ocorrer apenas nas manhãs de quarta. Porém, essa alteração não mudou a dificuldade para obter quórum suficiente para as votações.
Para o período eleitoral, a Assembleia chegou a vislumbrar uma possibilidade de realizar apenas uma sessão em setembro, mas a proposta recebeu críticas dos próprios parlamentares e o presidente da Casa, Eduardo Botelho (União), admitiu que poderá rever a medida. A sessão de segunda-feira, 5 de setembro, não chegou a ter quórum suficiente para ser realizada.