O presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000 (PL), afirmou nesta quinta-feira, 6 de junho, que irá aguardar a remessa de informações oficiais sobre a Operação Ragnatela antes de tomar uma ação sobre o vereador Paulo Henrique (PV), alvo de busca e apreensão da Polícia Federal. Chico também adiantou que os três servidores presos na mesma operação já foram exonerados.
A investigação aponta que Paulo Henrique fazia articulações junto à Prefeitura para liberar licenças e alvarás de empresas que atuavam na lavagem de dinheiro do tráfico.
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“Tão logo soube da prisão de três pessoas que trabalham aqui na Casa, imediatamente nós fizemos a exoneração dos três. Essa é uma medida permitida ao presidente”, explicou.
“No entanto, com relação ao vereador, é natural que nós precisamos aguardar a oficialização de tudo isso aí. Já comecei a conversar com o procurador, vou pedir a ele que nos traga situações oficiais. Se necessário, que vá conversar com essa equipe de policiais que fez todo o trabalho, para ver o que nós poderemos estar recebendo de informações oficiais”, completou.
Segundo o presidente, a Câmara ainda não pode tomar medidas contra Paulo Henrique porque o vereador foi alvo apenas de uma busca e apreensão, que faz parte do processo de coleta de provas na investigação. Chico explica que é preciso ter informações mais precisas sobre a possível participação do vereador no esquema criminoso antes que qualquer decisão seja tomada. Porém, ele adiantou que não é preciso aguardar a conclusão do inquérito, o que poderia levar vários meses.
“Nós não vamos aguardar conclusão nenhuma. Nós só vamos aguardar a chegada nesta Casa de informações oficiais. Eu não posso pegar elementos do site A ou do site B, ou da mídia C, e agir em cima dessas informações. Eu preciso de informações oficiais”, pontuou.
Chico também adiantou que a Câmara poderá agir caso seja provocada com um pedido de cassação ou de comissão processante contra Paulo Henrique.
“A Comissão de Ética atua em cima de uma provocação. Quando provocada, é encaminhado à Comissão de Ética ou a outro procedimento, depende da base do pedido, e aí a Casa se posiciona”, reforçou.
Por fim, Chico lamentou que a investigação contra Paulo Henrique possa respingar na imagem da Câmara de Cuiabá, que já foi apelidada de ‘Casa dos Horrores’ devido a diversos escândalos políticos que se sucederam no passado.
“Infelizmente, situações assim prejudicam sempre, por mais que a gente não gostaria que acontecesse, mas às vezes acontece. Ele é vereador deste Parlamento e, de uma forma ou de outra, acaba deixando a marca. Mas, o que a Câmara tiver que fazer, as providências que tiverem que ser tomadas, esta Casa tomará”, concluiu.