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Política Quarta-feira, 29 de Março de 2023, 14:58 - A | A

Quarta-feira, 29 de Março de 2023, 14h:58 - A | A

BARRACO VERGONHOSO

Briga entre Mauro e Emanuel atinge novo nível de baixaria: "cagando e andando"

Linguagem chula tem se tornado cada vez mais comum entre políticos

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

A briga entre o governador Mauro Mendes (União) e o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), de Cuiabá, atingiu um novo patamar nesta semana, com o fim das "papas nas línguas" dos dois. Os dois mantêm um confronto político há anos, que se intensificou após o início das obras do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) e a intervenção do Estado na Saúde de Cuiabá.

Em conversa com jornalistas na terça-feira, 28 de março, o governador afirmou que Emanuel está “cagando e andando” para o Tribunal de Contas e o Poder Judiciário. A fala foi em resposta ao imbróglio envolvendo as obras do BRT em Cuiabá, já que o prefeito ainda não deu autorização para a construção do modal na capital, enquanto as obras seguem a todo vapor em Várzea Grande.

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“Cara, o prefeito já disse, tá cagando e andando para o TCE e cagando e andando - me desculpa a expressão, tá?! - para a Justiça. Vamos ver até aonde o TCE vai se manter inerte com isso e até aonde a Justiça vai se manter inerte a essa afronta que o prefeito está fazendo com as decisões tanto da Justiça quanto do Tribunal de Contas”, disparou Mauro.

Emanuel, que não é de levar desaforos para casa, rebateu a fala de Mauro com uma nota de repúdio da Prefeitura, chamando o governador de "mentiroso" e "maldoso". A nota critica o linguajar usado por Mauro, mas não poupa críticas ao governador.

“O governador, em uma atitude maldosa, desprezível e mentirosa, tenta imputar ao prefeito declarações nunca proferidas sobre as duas instituições. Inclusive, as palavras utilizadas pelo governador não fazem parte do linguajar do gestor municipal”, diz a nota, divulgada na manhã desta quarta-feira, 29. (Clique aqui para ler na íntegra)

“A única razão plausível para explicar esta sandice do governador é a vontade dele de forjar uma narrativa para jogar o prefeito contra o TJ e o TCE e, consequentemente, jogar as duas instituições contra o prefeito”, complementou.

O prefeito tem dito abertamente que vê a intervenção do Estado na Saúde de Cuiabá como uma jogada política para "queimar seu filme" frente à população, mirando a eleição municipal de 2024. Emanuel não poderá disputar, mas deve tentar emplacar seu sucessor no Alencastro. Do outro lado, o grupo político do governador já se articula para construir uma candidatura à Prefeitura de Cuiabá, o que alimenta a narrativa política de Emanuel.

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