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Política Domingo, 17 de Dezembro de 2023, 07:33 - A | A

Domingo, 17 de Dezembro de 2023, 07h:33 - A | A

JOGO POLÍTICO

Botelho não se considera "traidor" caso deixe o União Brasil para disputar Prefeitura

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) não se considera "traidor" caso venha a deixar o União Brasil e migrar ao PSD, em busca de espaço para lançar sua candidatura a prefeito de Cuiabá. A fala foi uma resposta à deputada federal em exercício Gisela Simona (União), que afirmou na semana passada que ele poderia ser considerado "traidor" caso deixasse o partido.

Em conversa com jornalistas, Botelho lembrou que saiu em defesa dos interesses do governo diversas vezes e, inclusive, ‘deu a cara a tapa’ na hora de aprovar projetos impopulares, como o aumento da carga tributária. Com isso, ele aponta que não lhe cabe a pecha de traidor e enfatizou que mudanças de partido fazem parte do ‘jogo político’.

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"Não! Traidor, jamais. Quem lutou, quem defendeu, quem mais esteve à frente aqui, defendendo tudo? E esse governo está bem hoje é graças a ações que nós fizemos aqui. E política, se mudar de partido, desde quando é traição? Não é traição, são opções políticas. Eu acho que ela, sobre esse aspecto, quem pensar assim está equivocado", disse.

Botelho vive atualmente um impasse dentro do União Brasil. Ele sonha em disputar a Prefeitura de Cuiabá, mas o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, também quer lançar candidatura ao mesmo posto. Os dois disputam internamente para ver quem será o candidato da sigla. Garcia tem o apoio declarado do presidente do partido, o governador Mauro Mendes, enquanto Botelho é o preferido entre os deputados estaduais da legenda.

Nesse contexto, Botelho afirmou aos jornalistas que também não irá se considerar traído se o partido escolher Garcia para encabeçar a candidatura a prefeito de Cuiabá. Por fim, o presidente da Assembleia reafirmou que somente Deus e o povo podem fazê-lo retirar sua candidatura a prefeito de Cuiabá.

"Não, também não, de maneira nenhuma. São opções. Se você tem uma opção aqui, quer dizer que você está me traindo? Não. É opção política de cada um. Não tem nada de traição, faz parte e vamos para a disputa. No final, quem vai decidir?", questionou.

"Quem que é traidor ou não, quem que merece ser prefeito, vai ser o povo e Deus. Esquece o resto, é conversa fiada", emendou.

Botelho tem dito que pretende tomar uma decisão sobre seu futuro político ainda este ano, pois precisa de tempo para trabalhar na construção das chapas de vereador e articular um arco de alianças que dê musculatura ao seu projeto.

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