O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União), alfinetou seu colega de partido, o deputado federal Fábio Garcia, com quem disputa internamente para ser candidato a prefeito de Cuiabá na eleição do próximo ano, durante entrevista à rádio Vila Real FM nesta segunda-feira, 19 de junho.
Botelho comentava que, além dele, seus propensos adversários também estavam articulando para ganhar a simpatia da população cuiabana. No entanto, ao falar sobre Garcia, o deputado destacou que, diferente dele, não tem pai e tio que foram prefeitos da cidade, mas tem histórico de trabalho em Cuiabá. Fábio é neto do ex-governador José Garcia Neto e sobrinho do ex-prefeito da capital, Rodrigues Palmas.
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“Eu estou trabalhando, eu tenho fé que nós temos... eu acho que é justo o Fábio querer ser prefeito. É muito legal, ele tem a família dele. O tio dele, o avô dele foi governador do Estado. Tem um tio dele que foi prefeito de Cuiabá. Ele tem essa condição, ninguém tira isso. Agora, quem tem mais? Eu também tenho condições. E a minha é uma condição de rua de Cuiabá. Eu não tenho pai governador, não tenho tio prefeito, não tenho nada. Só tenho o meu nome e a minha história”, disse.
Botelho ainda não avaliou as estratégias de outros possíveis concorrentes, como o deputado federal Abilio Brunini (PL), o vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV), e o ex-deputado Ulysses Moraes (Podemos).
“Eu tenho essa condição de chegar realmente na casa do povo e eu tenho feito isso. E o Abílio está fazendo isso, está fazendo também. Ele faz o que ele sabe fazer, que é pegar o celular, fica fazendo aquele negócio, ele tá fazendo. Cada um fazendo o que sabe fazer, né? Cada um tá fazendo o seu. O Stopa também tá fazendo o trabalho dele. É, tá licenciado, mas o senhor também tem feito. O Ulisses também, que é candidato, tá fazendo o que ele sabe fazer, que é usar a rede social. Então, cada um tá fazendo a sua parte”, ressaltou.
Buscando apoio das lideranças do União Brasil e vencer a “queda de braço” com Garcia, Botelho comentou que resolveu deixar para o próximo ano as tratativas sobre sua candidatura, medida estratégica, pois, caso não consiga espaço no União, ele pode aproveitar o período de janela partidária para mudar de partido sem correr o risco de perder o mandato.
