Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Eduardo Botelho (União Brasil) fez um novo apelo ao bom senso nesta segunda-feira, 5 de setembro, para que o governador Mauro Mendes (União Brasil) e o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), entrem em consenso sobre o modal de transporte coletivo a ser implantado em Cuiabá e Várzea Grande.
Na última semana, o governador assinou o contrato para a empresa iniciar as obras de infraestrutura do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido, na sigla em inglês). Porém, o prefeito Emanuel Pinheiro prometeu atuar contra a construção do modal e convocou uma entrevista coletiva para as 14 horas desta segunda, para anunciar "verdades sobre o BRT".
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Em conversa com jornalistas, Botelho disse que é preciso fazer uma entrega à população e que o BRT foi escolhido em 2009, além de ter aprovação técnica por ser o melhor modal para Cuiabá e Várzea Grande.
“O que eu peço é que haja bom senso para fazermos alguma coisa, o nosso trânsito está caótico. Nós não somos uma cidade tão grande, mas o nosso trânsito é péssimo. Nós precisamos fazer algo, precisamos melhorar as rotatórias, fazer trincheiras, é isso que nós temos que discutir. É isso que tem que ser feito, ser discutido entre a Prefeitura e o Governo”, disse.
O presidente da Assembleia disse também que tanto Mauro como Emanuel estão levando essa discussão sobre o modal de transporte para uma rixa pessoal. “Isso está sendo prejudicial para Cuiabá, para Várzea Grande, para a população num modo geral”, completou.
Eduardo Botelho também respondeu a especulações sobre a possibilidade de o governo do Estado comprar os ônibus do BRT e ceder à iniciativa privada. Neste caso, empresas que pertencem à família do deputado poderiam ser beneficiadas, pois receberiam os veículos novos para começar a operar o novo modal de transporte.
O deputado disse que sequer sabia qual seria a decisão do governador, se seria o BRT ou VLT, e que só soube através da imprensa. Ele lembrou que antes da decisão, que ocorreu em dezembro de 2020, o governador chamou ele para dizer que já tinha tomado uma decisão, mas não chegou a revelar qual seria, sob a alegação de que Botelho iria antecipar a decisão para a imprensa.
“Ninguém sabia, não tem lobby nenhum, e eu estou muito tranquilo, mas muito mesmo, porque não teve participação nenhuma, nem para saber o que que era. Só soubemos pela imprensa, quando foi anunciado”, concluiu.
