Com 'um pé para fora' do União Brasil, o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, disse que sua situação no partido pode mudar caso sejam definidos critérios objetivos de escolha do nome que vai encabeçar a chapa para prefeito de Cuiabá nas eleições do próximo ano.
Internamente, o deputado disputa com o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, a preferência das lideranças da agremiação. No entanto, Garcia já tem apoio declarado do presidente do União, o governador Mauro Mendes, e da esposa dele, Virginia Mendes.
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“Não, eu não estava chateado. Eu disse que praticamente o caminho é esse. É esse mesmo, mas eu não posso sair, primeiro que eu preciso ter liberação no partido e para eu ter essa liberação preciso ter muita conversa ainda. Então, eu vou conversar ainda com o governador, vou conversar com a cúpula do partido, vamos discutir lá dentro e essas são as conversas. De repente, pode até mudar [se falar:] 'olha, vamos criar um critério claro', beleza, nós continuamos”, disse Botelho, em entrevista à imprensa nesta sexta-feira, 11 de agosto.
“Calma, faltam mais de 15 meses ainda para a eleição, mas ainda tem muito tempo ainda, né? E você tem que ver que tem outros também que estão com problema. Por exemplo, a federação do PT, eles também têm problema lá, eles também vão ter que resolver isso. Então, todo mundo está com problemas”, complementou.
A definição dos critérios de escolha do candidato estava prevista para acontecer em janeiro. No entanto, o assédio de outros partidos e declarações de apoio ao seu adversário levaram Botelho a declarar abertamente uma intenção de deixar o União Brasil.
O deputado confirmou que esteve em Brasília nesta semana, dialogando com lideranças nacionais do MDB e PSD, mas preferiu não dar muitos detalhes de como foram os encontros. Os dois partidos estão entre os possíveis destinos de Botelho e teriam oferecido condições de ele tocar à frente o projeto de candidatura em Cuiabá.
“Fui a Brasília atendendo um convite da deputada Janaína, para sentar com a Executiva do partido. Fui lá, conversei com o Baleia Rossi [presidente nacional do MDB], me convidou, demonstrou grande desejo de eu estar no MDB. Conversei com o Fávaro... Estamos abrindo, é um momento de muita conversa. Agora, depois nós vamos ver o caminho disso, mas o momento é de conversar com todo mundo”, comentou.
