O presidente do PT em Mato Grosso, deputado estadual Valdir Barranco, saiu em defesa da vereadora do partido na Câmara de Cuiabá, Edna Sampaio, que é alvo de um processo na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar devido a uma denúncia de possível rachadinha com a verba indenizatória de sua ex-chefe de gabinete, Laura Abreu.
Barranco enfatizou que foi um dos primeiros a defender Edna, com a publicação de uma nota afirmando que ela faz um trabalho sério e diferenciado no Legislativo cuiabano, o que, segundo ele, "incomoda muita gente".
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“A vereadora Edna tem um trabalho sério, uma vida dedicada à atividade pública, tanto enquanto professora da Universidade do Estado de Mato Grosso, também como gestora governamental do Estado de Mato Grosso, sindicalista e mulher. Tem feito um mandato que incomoda muita gente. O mandato dela junto à Câmara Municipal tem se destacado e se diferenciado de muitos outros mandatos”, disse Barranco, em conversa com jornalistas.
“A gente compreende que isso incomoda, a defesa dos das minorias, a defesa dos que, na maioria das vezes, não têm voz, não têm vez e encontraram na vereadora Edna essa oportunidade. [Isso] tem incomodado e tenho certeza que é isso que tem levado a esse absurdo, que é o pedido de cassação dela”, complementou.
Barranco comentou que as lideranças estaduais da sigla irão se reunir na próxima semana para discutir a defesa da parlamentar. O presidente do PT ainda pediu que os colegas de Edna tenham cautela ao analisar o caso.
“Nós sabemos que é um processo de cassação, eles são políticos, né? Então nós rogamos para que os demais pares, e é importante que ela também faça, possam analisar com toda a cautela para que nós não tenhamos o cometimento de um ato que seja absolutamente político, de vingança, de retirada de um mandato que é tão expressivo, que é tão caro”, frisou.
DENÚNCIA
A vereadora foi alvo de uma denúncia de possível prática de rachadinha com verba indenizatória de chefe de gabinete. Reportagem produzida pelo site RD News mostra prints em que a ex-chefe de gabinete era cobrada para devolver o valor para contas bancárias da petista.
O episódio fez com que seus colegas de parlamento apresentassem pedido de abertura de comissão processante na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara para apurar suposta quebra de decoro.
"NÃO FOI RACHADINHA"
A vereadora se defendeu das acusações dizendo que está sendo vítima de violência política e de gênero por pessoas que tentam desgastá-la emocionalmente com acusações que não têm fundamento.
Edna explicou que seu mandato é coletivo e tem participação de co-vereadores, que são informados a cada trimestre sobre como estão sendo gastos os recursos de suas verbas indenizatórias, tanto as suas como as do chefe de gabinete.
A vereadora ainda destacou que a prática de rachadinha consiste na apropriação do salário do servidor, o que, segundo ela, não aconteceu.
Edna ainda prometeu recorrer na Justiça contra todos que compartilharam inverdades sobre ela e também para reparar a sua imagem perante a sociedade cuiabana.
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Para negar denúncia de rachadinha, Edna se dispõe a quebrar sigilo financeiro para Comissão de Ética
