O prefeito do município de Sorriso (420 km de Cuiabá), Ari Lafin (PSDB), prevê que a falta de chuva poderá impactar na arrecadação e ainda, frear novas obras em Mato Grosso e em sua cidade. Isso porque, no último dia 21 de dezembro, foi decretada situação de emergência na região devido à falta de chuva. O Comitê de Monitoramento Climático, recentemente formado para tratar de assuntos relativos à escassez de chuvas, esperava que no mês de novembro chovesse em média de 400 milímetros, mas o nível chegou a apenas 126 milímetros e prejudicou várias propriedades e produção.
Lafin explica que o município deverá ter uma quebra de até 20% na safra de soja em 630 mil hectares. Segundo ele, o que significa em valores: "de R$ 4,158 bilhões, menos 20%, Sorriso vai ter uma quebra de R$ 1 bilhão e com isso vai faturar R$ 3,336 bilhões. Uma quebra aproximada de R$ 1 bilhão a menos para contribuir com o Estado de Mato Grosso", conta.
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"O Comitê de Crise Climática, juntamente com a Defesa Civil do município e o Sindicato Rural, resolvemos, através por um pedido do setor, decretar estado de emergência, devido aos números da própria Defesa Civil que previa no mês de novembro 400 milímetros de chuva para que pudéssemos ter uma produção satisfatória, com a média de 55 sacas por hectares, mas infelizmente, chegamos a 126 milimetros e prejudicou várias propriedades. O município tem um milhão de hectares e tem áreas boas e as que têm prejuízos anunciados e que tiveram plantio e replantio de soja. Automaticamente esse decreto vem para trazer proteção aos produtores rurais que tiveram prejuízos confirmados", explicou ele durante entrevista ao Jornal da Capital.
Ele acredita que com essa queda na arrecadação, o governo deve anunciar medidas de contenção de gastos. Ele comentou ainda que a região do Araguaia está mais afetada pela seca.
"Provavelmente o governo deve anunciar corte de obras ou segurar alguns investimentos. Isso deve ocorrer provavelmente em fevereiro. Eu tive a informação que o Araguaia está bem mais precário que a região norte. O nosso Comitê se reúne toda semana e 2024 será de atenção. E provavelmente o governo deve anunciar corte de obras ou segurar alguns investimentos, provavelmente em fevereiro ele[ Mauro Mendes] deve ter algo sobre isso. E nós também aqui no município teremos que segurar, pois, vai ter diminuição na arrecadação", prevê o gestor.
