A sessão ordináriada Câmara Municipal de Cuiabá desta terça-feira, 9 de maio, foi suspensa devido à falta de vereadores presentes no plenário. A ausência acontece uma sessão após a apresentação um requerimento para abertura de uma Comissão Processante, com objetivo de apurar denúncia contra a vereadora Edna Sampaio (PT), sobre de possível prática de rachadinha.
O regimento interno da Casa diz que as sessões ordinárias devem ser realizadas às terças e quintas-feiras, às 9h, independente da convocação. No entanto, é necessária a presença de nove vereadores para que aconteça a sessão, o que representa um terço do quórum.
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A sessão começou às 9h com o segundo vice-presidente, vereador Sargento Vidal (MDB), na presidência, prorrogando o início por 30 minutos. Apenas três parlamentares estavam presentes: Vidal, o presidente do Legislativo, vereador Chico 2000 (PL), e Rogério Varanda (MDB).
Passado o tempo, o número de vereadores no plenário aumentou, mas não foi suficiente para abrir a sessão.
“Quero registrar a presença do vereador Joelson [PSB], vereador Varanda, vereador [Pastor] Jeferson [PSD], vereador Luís Cláudio [PP], vereador Demilson [Nogueira, PP], vereadora Maysa [Leão, Republicanos], vereador Vidal e declaro a impossibilidade da abertura da sessão por falta de quórum. Está encerrada a sessão do dia de hoje”, disse Chico, antes de deixar o plenário.
O atraso e a ausência dos vereadores tem sido tema constante de reclamações do presidente da Casa, que tem cobrado que os parlamentares compareçam à sessão no horário previsto no regimento, o que não tem sido acatado.
SEM MOVIMENTAÇÕES
A Secretaria de Comunicação da Câmara disse que a Procuradoria da Casa ainda não se posicionou sobre os requerimentos de pedido de abertura de comissão processante, apresentados pelo suplente de vereador Eleus Amorim (Cidadania) e pelo vereador Luís Cláudio (PP).
DENÚNCIA
Edna Sampaio foi alvo de uma denúncia de possível prática de rachadinha com verba indenizatória de chefe de gabinete. O caso apresentado pelo site RD News mostra prints em que a ex-chefe de gabinete era cobrada para depositar o valor em contas bancárias da petista.
O episódio fez com que seus colegas de Parlamento apresentassem pedido de abertura de comissão processante na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, para apurar suposta quebra de decoro. De acordo com o presidente, dois procedimentos já foram protocolados até o momento.
Os documentos serão encaminhados para a Procuradoria-Geral e, em seguida, para análise e investigação da Comissão de Ética.
"NÃO FOI RACHADINHA"
Na tribuna da Câmara, a vereadora se defendeu das acusações. Ela comentou que está sendo vítima de violência política e de gênero, cometidas por pessoas que tentam desgastá-la emocionalmente com acusações que não têm fundamento.
Edna explicou que seu mandato é coletivo e tem participação de co-vereadores, que são informados a cada trimestre sobre como estão sendo gastos os recursos de suas verbas indenizatórias, tanto suas como as do chefe de gabinete.
A vereadora ainda destacou que a prática de rachadinha consiste na apropriação do salário do servidor, o que, segundo ela, não aconteceu.
Edna ainda prometeu recorrer à Justiça contra todos que compartilharam inverdades sobre ela e também para reparar a sua imagem perante a sociedade cuiabana.