A Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou, na manhã desta quarta-feira (30), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que dá poder ao Estado de Mato Grosso para autorizar a construção da ferrovia Vicente Vuolo, a Ferronorte, cuja obra deve ser tocada pela empresa Rumo.
De acordo com o presidente Eduardo Botelho (DEM), a aprovação da PEC é resultado de um acordo para garantir a chegada dos trilhos a Cuiabá.
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“Como o governo federal está enrolando para dar essa concessão para que ela chegue em Cuiabá, nós tivemos uma conversa com o grupo Rumo e ele disse que se nós fizermos uma concessão estadual, ele chega até Cuiabá. Então nós estamos trabalhando com isso. Essa PEC vai proporcionar isso. Nós estamos na luta e todos da Baixada Cuiabana”, disse.
Se aprovada em segunda votação, a proposta mudará o artigo 131 da Constituição Estadual, que passará a vigorar com o texto acrescido de que compete ao Estado explorar diretamente ou mediante concessão, permissão ou autorização a prestação de serviços públicos. O restante do texto segue o mesmo.
Segundo Botelho, a chegada dos trilhos em Cuiabá é um desejo de todos os cuiabanos, o que possibilitaria a chegada de produtos mais baratos, além de facilitar a logística, barateando o ‘custo Brasil’, inclusive na agricultura familiar. O projeto, apresentado em agosto, está paralisado em função de um pedido de vista.
O deputado está confiante de que a PEC será aprovada. “É interesse de todos os deputados que a ferrovia chegue até Cuiabá”, destacou. A ferrovia, que termina em Rondonópolis, deve passar por Cuiabá e chegar até Sorriso. Em julho a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deu aval para a construção da obra.
Durante votação, o deputado Wilson Santos (PSDB) destacou que um terminal ferroviário em Cuiabá é imprescindível. Segundo ele, se a ferrovia for direto ao Nortão, sem passar por Cuiabá, poderia levantar a discussão em torno de uma nova divisão do estado de Mato Grosso.
“Eu vou fazer uma profecia aqui agora. Baixou o espírito do pastor em mim. Nós da Baixada Cuiabana precisamos lutar para que esse entroncamento ferroviário fique por aqui. Esse entroncamento em Lucas vai despertar de novo o sentimento da divisão do Estado”, disse Wilson Santos.