Dollar R$ 5,64 Euro R$ 6,23
Dollar R$ 5,64 Euro R$ 6,23

Política Domingo, 03 de Janeiro de 2021, 14:35 - A | A

Domingo, 03 de Janeiro de 2021, 14h:35 - A | A

GUERRA PELO MODAL

“Ação de Emanuel atrapalha o BRT e é contra a população cuiabana", dispara Carvalho

Da redação

O secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, comemorou a decisão do ministro Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça, que negou no último sábado (2) uma liminar à Prefeitura de Cuiabá para suspender a troca do modal de transporte do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para o Ônibus de Trânsito Rápido (BRT).

Carvalho também aproveitou para rebater o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, afirmando que a ação que ele move contra a troca do modal atrapalha a vida da população cuiabana.

- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)

- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)

“O prefeito de Cuiabá deveria ser o primeiro a defender o BRT, pois ele era o presidente da comissão que fiscalizava as obras da Copa do Mundo e, por isso, conhece muito bem toda essa história. Teve acesso a dados e informações. O que causa estranheza e que agora ele faz tudo para atrapalhar a população cuiabana e tenta atrasar a implantação do BRT”, ressaltou.

O secretário lembrou ainda que a escolha do VLT, ocorrida durante o governo de Silval Barbosa, foi marcada por atos de corrupção, que culminaram na deflagração da Operação Descarrilho.

“Nossas decisões são tomadas com base em estudo técnico, não no achismo. Nada de vender ilusões sem nenhum lastro de realidade. Sinceramente, tento entender, mas não consigo, como alguém pode defender o VLT que foi trocado na base da corrupção? Como alguém pode defender o VLT, em que foi confessado a cobrança de propina?”, indagou o secretário.

Carvalho também questionou a necessidade de a prefeitura de Cuiabá de entrar na justiça contra a decisão do governador Mauro Mendes (DEM), afirmando que o governo sempre esteve aberto ao diálogo.

“O prefeito foi convidado a sentar na mesa, para apresentarmos a ele os prós e contras do VLT e do BRT, antes de anunciarmos a decisão. Uma grande oportunidade de dialogar. Ele não atendeu as ligações e não retornou até hoje. Sinceramente, não dá para entender essa postura contra a população, contra o erário público. Aqui não é uma decisão da preferência do governador Mauro, mas de estudos técnicos e contra fatos concretos não há populismo que se consiga prosperar”, ponderou.

Na reunião citada pelo secretário, a então prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos, se fez presente. Na oportunidade foram apresentados os comparativos do estudo técnico entre o BRT e o VTL. A tarifa por exemplo fica em R$ 3,04 do BRT, contra R$ 5,28 do VLT; o custo para terminar o modal será de R$ 430 milhões do BRT, incluindo os ônibus, contra R$ 763 milhões do VLT.

“Foram muitas as comparações e os cenários estudados para se chegar na conclusão de que o melhor é retornar para o primeiro projeto que era o BRT”, explicou. “Muita gente fala que estamos trocando de modal. Mas, essas mesmas pessoas se esquecem que o projeto inicial era o BRT e que a troca se deu por fraude e isso o Ministério Público Federal identificou e o Tribunal de Contas do Estado já reconheceu”, ressaltou.

O secretário destacou ainda que o governo já entrou na justiça para ressarcir os cofres públicos o valor de R$ 683 milhões pelas obras não finalizadas e pelos bens que não serão utilizados. “Tudo que foi feito e que estamos utilizando está contabilizado em favor do consórcio. Como a exemplo das trincheiras do Tijucal e da Avenida da Feb, dos viadutos da Fernando Correa, da Miguel Sutil com a Avenida da Feb, da ponte sobre o Rio Cuiabá, entre outras obras”, pontuou.

search