Garimpeiros ilegais que buscavam fortuna fácil na Terra Indígena Sararé, em Pontes e Lacerda (443 km de Cuiabá) tiveram um prejuízo de mais de R$ 20 milhões com a 'Operação Alfeu', deflagarada pela Polícia Federal no domingo (17). Esta é a quarta vez que a PF precisa intervir no local para retirar os garimpeiros.
Pontes e Lacerda é alvo recorrente de garimpeiros, tanto na terra indígena quanto no local conhecida como Serra do Caldeirão, que ficou famosa há alguns anos, quando ouro foi descoberto na região.
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A primeira fase da Operação Alfeu ocorreu em maio de 2020. Os garimpeiros foram retirados do local por ordem da Justiça Federal, mas não demoraram a retornar. Em março de 2021, foi deflagrada a segunda fase da Operação Alfeu, em parceria com o Exército Brasileiro, que voltou a expulsar os garimpeiros do local, destruiu maquinários e inutilizou os locais de exploração por meio de explosivos. Não há estimativa do tamanho do prejuízo causado aos garimpeiros nestas duas fases.
Em setembro, a PF retornou à TI Sararé para expulsar os garimpeiros. Na ocasião, foram encontradas 21 escavadeiras. Destas, 19 foram destruídas e duas foram encaminhadas a instituições públicas, para serem incorporadas ao patrimônio. Estima-se que o prejuízo causado aos criminosos foi de R$ 13,5 milhões apenas com o maquinário pesado, fora outros materiais que foram apreendidos. Uma pessoa foi presa em flagrante enquanto tentava 'salvar' suas máquinas.
Na ação mais recente, tratada como uma continuação da Operação Alfeu III encontrou mais seis escavadeiras hidráulicas e destruiu o maquinário. O prejuízo estimado é de R$ 3 milhões.
Os números fazem desta a maior operação contra garimpos ilegais em Mato Grosso e a segunda maior do Brasil. Conforme informações da PF, o garimpo ilegal na região causou a devastação de 1,5 mil hectares, o equivalente a 1.900 campos de futebol.
A Operação Alfeu tem como objetivo desocupar os ocupantes ilegais da TI Sararé, onde vive o povo Nambikwara. Além disso, a PF busca impedir que os garimpeiros retomam as atividades criminosas, promovendo a destruição de maquinários pesados que são usados no garimpo.
O nome da operação é uma referência ao deus do rio na mitologia grega, Alfeu. Isso porque o garimpo acontece às margens de um rio chamado Sararé, que dá nome à terra indígena.