A mulher transexual Mayla Rafaela Martins, de 22 anos, foi encontrada morta por funcionários de uma fazenda, às margens da MT-485, entre Lucas do Rio Verde e Sorriso, no norte do estado, na última terça-feira (16). No mesmo dia, o empresário Jorlan Cristiano Ferreira, de 44 anos, foi preso em flagrante e confessou o crime.
Segundo a Polícia Civil, um dia antes de ser encontrada, Mayla teria desaparecido após entrar no carro do suspeito. A polícia investiga o caso como feminicídio.
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Veja o que se sabe sobre o caso:
Quando e onde o crime ocorreu?
Quem é o suspeito?
Quem era a vítima
Andamento da investigação
Depoimento do suspeito à polícia
Últimas conversas
Quando e onde o crime ocorreu?
O feminicídio de Mayla Rafaela ocorreu na madrugada de segunda-feira (15) para terça (16), em Lucas do Rio Verde, mas o corpo foi encontrado às margens da MT-485, em uma fazenda que fica na divisa entre a cidade onde foi morta e Sorriso.
A vítima foi encontrada por funcionários da propriedade rural, enrolada em uma lona plástica com várias perfurações de faca.
Conforme a polícia, Mayla foi vista pela última vez entrando no carro do empresário em um posto de combustível do município, horas antes do crime.
Quem é o suspeito?
Jorlan Cristiano Ferreira, de 44 anos, foi preso em flagrante e confessou o crime à Polícia Civil. Ele é empresário do ramo alimentício e tem uma hamburgueria em Lucas do Rio Verde.
Nessa quarta-feira (17), ele passou por audiência de custódia e a Justiça de Mato Grosso decidiu converter a prisão para preventiva.
Quem era a vítima?
Mayla Rafaela Martins era uma mulher transexual de 22 anos. Segundo a polícia, Mayla era garota de programa e o suspeito tinha contratado serviços sexuais com ela, quando a levou para a casa dele e a matou.
A vítima deixa sete irmãos, além de amigos e outros familiares.
Andamento da investigação
Nesta sexta-feira (19), a Polícia Civil contou ao g1 que continua investigando o caso para apurar novos desdobramentos. Até o momento, o suspeito teve a prisão em flagrante convertida para preventiva até que o inquérito policial seja concluído e encaminhado ao Ministério Público.
Depoimento do suspeito à polícia
Em um áudio gravado no momento da prisão e confirmado pelo delegado responsável pelo caso, o suspeito detalha a dinâmica do crime à polícia.
Durante a audiência de custódia, o empresário reiterou sua narrativa, alegando que causou a morte de Mayla em legítima defesa, pois a vítima teria tentado roubar dinheiro dele.
O investigado sustentou que Mayla teria pedido a companhia para tomar uma cerveja, mas que ela estava portando uma faca e exigiu R$ 1 mil para evitar um "escândalo". Os policiais, no entanto, não acreditam na versão citada.
Últimas conversas
Prints de conversas no WhatsApp de Mayla com um amigo mostram que ela compartilhou o medo que sentia do suspeito e supostas ameaças por parte do empresário, dias antes do feminicídio.
Mayla estava com uma viagem marcada para Várzea Grande, onde a família mora, mas, conforme o relato dela a amigos, o empresário não aceitava a mudança e teria passado a ameaçá-la.
As conversas compartilhadas por familiares da vítima ao g1 mostram que ela tinha medo do que poderia acontecer, caso continuasse no município. "Se eu continuar aqui, ele vai acabar comigo. Vou embora daqui", diz a vítima.
No último encontro com o empresário, Mayla compartilhou com outra amiga a foto da placa do carro usado por Jorlan. A mensagem foi enviada às 2h18. Depois disso, a vítima não deu mais notícias.