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Polícia Sexta-feira, 12 de Maio de 2023, 15:33 - A | A

Sexta-feira, 12 de Maio de 2023, 15h:33 - A | A

CASO ELOÁ VICTÓRIA

Tio afirma que tiro acidental foi disparado pela própria vítima

Igor Guilherme

Repórter | Estadão Mato Grosso

Adonay Smith da Cunha Oliveira, tio de Eloá Victória Silva Oliveira, revelou em depoimento, que sua sobrinha é quem estava com a arma no momento do disparo acidental que vitimou a criança, de apenas dois anos. O depoimento foi dado à Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na tarde desta quinta-feira (11), horas depois da fatalidade que abalou os moradores do bairro Santa Cruz II, de toda a comunidade cuiabana e que ganhou repercussão nacional. O relato foi ouvido pelo delegado da DHPP, Olímpio da Cunha Jr.

Segundo Adonay, ele veio com a filha para passar as férias na casa o 2º tenente da PM Elienay Pinheiro. Ainda no depoimento, ele afirmou que estava fazendo comida na residência da avó, que fica nos fundos do terreno do policial, quando ouviu um barulho.

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Conforme o documento que o Estadão Mato Grosso teve acesso, Adonay, no primeiro momento, teria achado que o barulho teria vindo da casa vizinha, mas logo viu sua filha vindo até ele e Elienay falando ao telefone, alarmado. Foi neste momento que o homem soube que Eloá havia sido alvejada.

Durante o desespero gerado nos primeiros momentos pós-tragédia, Adonay explica que sua filha não quis dizer nada, mas que depois contou que estava na sala, assistindo televisão e Eloá veio do quarto dos pais até a sala, dizendo “venha ver o que eu achei”. A prima de Eloá a acompanhou até o quarto, onde a vítima procurou a arma do policial, que era guardada em uma cômoda ao lado da cama.

A filha de Adonay relatou que o disparo aconteceu assim que Eloá pegou a arma do policial.

Esta versão traz uma nova perspectiva da tragédia. Até então, a única versão divulgada era de que o disparo poderia ter sido feito enquanto a arma estava sendo manuseada pela outra criança, filha de Adonay e prima de Eloá.

As causas por trás da tragédia serão apuradas pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica). O militar, pai da criança, está sendo investigado e deverá responder por omissão de cautela no armazenamento da arma.

Eloá era filha adotiva do casal Elienay e Raquel. Conforme informações, a bebê havia sido adotada em setembro de 2021 e os pais da menina conseguiram registrá-la apenas em agosto de 2022.

Ainda conforme publicações nas redes sociais, o casal esperou mais seis anos para conseguir adotar.

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