A investigação da Polícia Federal na Operação Ragnatela identificou ligações entre Joanilson, conhecido como Japão, Rodrigo Leal e Wiliam 'Gordão' para tratar de furtos que estavam ocorrendo dentro da casa noturna Dallas Bar. Na conversa, Rodrigo pediu aos membros do Comando Vermelho uma ‘varredura' na casa de shows para identificar os criminosos. O trio foi alvo da operação, que investiga a lavagem de dinheiro em casas noturnas.
Segundo a Polícia Federal, a boate realizava eventos para lavar o dinheiro do tráfico de drogas, inclusive com shows nacionais. Na última quarta-feira, 5, Gordão foi preso pela PF, apontado nas investigações como o dono do antigo "Dallas Bar". Segundo a PF, ele atuava como "testa de ferro" da facção.
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O diálogo capturado pela PF mostra Rodrigo Leal pedindo para que Japão ou Gordão mandem 'quatro meninos' para identificar quem estaria furtando os celulares. Ele ainda sugere que os autores fossem punidos dentro da boate.
RODRIGO LEAL: Gordão, fala com o JAPÃO aí ou com o JOGA. Manda uns três, quatro guri de vocês vem aqui no Dallas dá uma varrida aqui ó, Já roubaram quatro celular aqui dentro, tem que achar esses cara aqui. Fica feio pra casa, fica feio pro evento, fica feio pra gente, tá ligado. Manda uns três quatro guri de vocês vim aqui dar uma varrida aqui tentar achar esse filha da puta está roubando celular aqui dentro e dá um pau nele aqui dentro.
Em outro trecho, Rodrigo sugere os celulares roubados fossem rastreados para localizar o local onde estariam sendo vendidos.
RODRIGO LEAL: Vamos pelo menos cadastrar então os celulares que foram roubados e daí vocês rastreiam nos lugares que vende né? Pelo menos para achar esse guri que que fez isso.
OPERAÇÃO
Os alvos da Operação Ragnatela movimentaram cerca de R$ 39,3 milhões com esquema de lavagem de dinheiro em Cuiabá. Entre os alvos estão servidores, empresários, vereador, DJs e uma blogueira. A operação foi deflagrada na manhã de quarta-feira, 5, em Cuiabá, e tem o objetivo de desarticular o núcleo do Comando Vermelho, maior facção criminosa do estado de Mato Grosso, responsável por lavagem de dinheiro em casas noturnas cuiabanas.