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Polícia Sexta-feira, 11 de Abril de 2025, 21:30 - A | A

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Procurador viu carro quebrado e jantou com a família antes de matar morador de rua

Igor Guilherme

Repórter | Estadão Mato Grosso

Preso em flagrante pelo homicídio do morador de rua Ney Muller Alves Pereira, de 42 anos, o procurador da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, executou o crime após ter jantado com sua família e os deixado em casa. O crime brutal foi registrado na noite desta quarta-feira, 09 de abril, na avenida Edgar Vieira, ao lado da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), no bairro Boa Esperança, em Cuiabá.

Em entrevista à imprensa, concedida nesta sexta-feira, 11 de abril, o delegado Edson Pick, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), explicou a dinâmica do crime, que foi levantada com a ajuda de provas colhidas nas horas pós-execução e pelo depoimento do próprio autor do crime, que foi ouvido nesta quinta-feira, 10, após se entregar voluntariamente na delegacia.

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Pick explicou que Luiz, ao ver seu carro danificado, jantou com a família, os deixou em casa e voltou à região. Segundo o delegado, Luiz alegou que denunciou o caso para duas guarnições da Polícia Militar, uma na frente do Shopping 3 Américas e outra na base da Polícia Militar do Boa Esperança.

Na volta, Luiz se deparou com Ney, se aproximou, abriu o vidro e atirou em Ney, o atingindo no rosto. A arma usada no crime é uma pistola calibre 380, que foi apreendida junto do carro do suspeito.

“Momentos antes do homicídio, o suspeito estava no estacionamento de um posto de combustível, jantando, quando a vítima começou a depredar os veículos que ali estavam estacionados. O suspeito foi até seu veículo, verificou o dano, voltou e jantou com sua família, deixou sua família em casa. Voltou, procurou uma guarnição no Shopping 3 Américas, foi até o posto policial do Boa Esperança, relatou os fatos e quando estava voltando para sua residência e no caminho se encontrou com o suspeito, momento que efetuou o disparo”, descreveu o delegado.

Apesar da frieza, o delegado acredita que não se tratou de uma execução, já que Luiz não tinha perícia com a arma, apesar de ter porte.

Porém, apesar de não se tratar de uma execução, propriamente dito, o delegado acredita que Luiz premeditou o crime.

Luiz responderá por homicídio qualificado, por motivo fútil, emboscada e traição.

O CRIME

Após matar Ney, Luiz fugiu do local em sua Land Rover e a vítima foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas já estava morta. Luiz levou um tiro no meio da testa e seu corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML).

O caso segue sendo investigado.

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