Uma megaoperação da Polícia Federal (PF) foi deflagrada na manhã desta segunda-feira (31) em Mato Grosso e mais 18 estados, além de alvos no Chile. A operação - denominada Caixa Forte - está na sua segunda fase e busca desarticular membros da maior facção criminosa do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Em Mato Grosso, a PF cumpre três mandados, sendo busca e apreensão e também prisão dos investigados. Dois dos criminosos do PCC estão em Cuiabá, e um reside em Cáceres (225 km de Cuiabá) que também é conhecida como a rota do tráfico, por fazer fronteira seca com a Bolívia.
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Segundo as investigações da Polícia Federal, os policiais conseguiram identificar 210 membros da facção que estão presos, porém, estão recebendo um auxílio financeiro dentro dos presídios, por terem “subido de cargo” dentro do PCC, por cumprirem tarefas que lhes eram ordenadas.
“Foram identificados 210 integrantes do alto escalão da facção, recolhidos em presídios federais, que recebiam valores mensais por terem ocupado cargos de relevo na organização criminosa ou executado missões determinadas pelos líderes como, por exemplo, execuções de servidores públicos", explica a PF.
Na primeira, fase, os policiais identificaram os membros da chamada “setor progresso”, onde os integrantes deste setor seriam responsáveis por lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Após fazer a lavagem do dinheiro, os criminosos distribuíam o dinheiro para setores da facção, inclusive para o atual setor investigado nesta operação, o “setor de ajuda”.
Para tentar não chamar a atenção da polícia, os beneficiários utilizavam contas de terceiros que não são membros da facção para receber a ajuda. Durante as buscas nesta manhã, os policiais encontraram em uma residência na cidade de Santos (SP) a quantia de R$ 2 milhões e mais US$ 730 mil.
A cidade portuária é um ponto estratégico da facção, pois, por meio dos navios em meio as cargas, os criminosos conseguem exportar a cocaína para outros continentes, sendo a parte mais lucrativa do PCC no ramo do tráfico.
“A atuação da Polícia Federal visa desarticular a organização criminosa por meio de sua descapitalização, atuando em conformidade com as diretrizes do órgão de enfrentamento à criminalidade organizada por meio da abordagem patrimonial, além da prisão de lideranças", acrescenta a PF.
A PF cumpre na operação 623 ordens judiciais, sendo 422 mandados de prisão preventiva e outros 201 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio judicial de até R$ 252 milhões. No total, 1.100 policiais estão nas ruas esta manhã para localizar os alvos da operação.
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