Dediane da Silva, 34, acusa dois policiais civis de agressão contra ela, e um deles, responsável por quebrar seu braço na noite de domingo (26), quando estava na conveniência do posto de combustíveis Bom Clima, no bairro Monte Líbano em Cuiabá, na saída para Chapada dos Guimarães.
De acordo com a vítima, ela chegou ao local por volta das 14h com uma amiga para conversar e comer algo no local. Passado algum tempo, por volta das 18h, chegou a prima do ex-marido de Dediane.
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À reportagem, Dediane contou que a mulher estava acompanhada de outra mulher que passou a paquerá-la.
“Essa moça que chegou acompanhada da prima do meu ex-marido, passou toda hora a vir na minha mesa me cantar, falando que eu era muito linda, que eu tinha um corpão, e que queria ficar comigo. Eu pedi para ela nos dar licença, pois eu não curtia mulher”, detalha a vítima.
Dediane ainda conta que o garçom do local chegou a pedir para a acusada se retirar da mesa vítima e da amiga. Ela relata que após algum tempo chegou os dois policiais civis, e que ela conhecia o policial identificado como Hugo Pereira, já que a vítima é massoterapeuta e trabalha com vendas de produtos e que o policial também trabalha como representante da Spirula (suplemento dietético).
Depois de certo tempo, Dediane se sentiu incomodada com a situação de ser paquerada insistentemente pela mulher identificada como "Carol" e falou com a amiga para irem embora, e quando estava se levantando para deixar o local, novamente Carol, tentou beijá-la na boca, foi quando Dediane a empurrou.
“Nisso que ela veio de língua beijar minha boca, eu dei um empurrão nela, e quando eu a empurrei, a prima do meu ex-marido veio para cima e aí que o Hugo levantou, segurou meu braço, torceu meu braço para trás e deu uma cotovelada, foi quando quebrou e meu braço ficou caído”, relatou Dediane.
Após o ocorrido o agressor chegou a ligar para a irmã da vítima alegando que foi segurá-la e acabou quebrando o braço de Dediane. A vítima está internada em um hospital da capital e passará por uma cirurgia na manhã de terça-feira (28). Dediane disse que precisará colocar duas placas de titânio no braço por conta da fratura.
“Ele vai ter que arcar com todas as despesas, ele vai ter que pagar tudo, eu vou denunciá-lo e quero ele na cadeia. Ele não serve para ser policial. Um policial que agride mulher, quebra um braço de uma mulher tem que ser preso”, explica a vítima à reportagem do Estadão Mato Grosso.
A vítima conta que além de ter o braço quebrado por Hugo, o amigo dele também policial civil identificado como Taxi deu um murro em sua cabeça.
Por conta da fratura e ter sido encaminhada a uma unidade hospitalar, a amiga da vítima que presenciou toda a violência registrou um boletim de ocorrência contra os acusados. No documento, consta a solicitação para que a vítima realize o exame de corpo delito, por conta das agressões sofridas
Por fim, a vítima revela que o proprietário da conveniência não quis ceder as imagens do acontecido para as testemunhas e nem para a vítima, que pretende levar o caso adiante. Após receber alta Dediane prestará uma denúncia junto a corregedoria da Polícia Civil.
Outro lado:
Procurada pela nossa reportagem, a assessoria da Polícia Civil informou que ao tomar conhecimento dos fatos, está analisando a situação envolvendo o servidor público.
"A Corregedoria da Polícia Civil tomou conhecimento dos fatos em relação ao policial civil e está adotando as providências legais cabíveis para apuração dos mesmos", diz a nota da Polícia Civil.
O servidor também foi procurado pela nossa reportagem, mas não nos respondeu até o fechamento da matéria. À reportagem do Estadão Mato Grosso segue com o espaço aberto para que o policial exponha a sua versão dos fatos, caso assim deseje.