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Polícia Sexta-feira, 20 de Setembro de 2024, 19:13 - A | A

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MORAL COM OS CRIA

Juiz aponta vereador como uma das lideranças do CV por ele defender assessor de "salve"

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

O juiz João Francisco Campos de Almeida, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), que mandou prender o vereador Paulo Henrique (MDB), apontou que ele teria um papel de liderança no Comando Vermelho. Isso porque o parlamentar teria intervido em um “salve” que o assessor dele, Rodrigo Souza Leal, seria o alvo. Segundo investigações, o vereador pediu que fosse aplicada uma pena mais branda. O político foi alvo da Operação Pubblicare na manhã desta sexta-feira, 20.

“Verifica-se que o vereador Paulo Henrique de Figueiredo figura como uma espécie de liderança de um grupo criminoso responsável pela prática de corrupção e lavagem de dinheiro, através de propinas recebidas de promotores de eventos em Culabá/MT, sendo a maioria deles integrantes da facção criminosa Comando Vermelho, que se utiliza de casas noturnas para também lavar dinheiro obtido com suas práticas criminosas”, disse.

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O juiz explicou que o assessor Rodrigo seria alvo de um “salve” por ter desviado dinheiro da facção criminosa. Porém, Paulo Henrique teria interferido na decisão da facção e a convencido a castigá-lo apenas limitando sua atuação. Graças a ele, conforme o documento, Rodrigo escapou do espancamento e ficou apenas impedido de organizar shows na capital pelo período de dois anos.

Além de intervir na aplicação do “salve” no assessor, o parlamentar também o instruiu como se comportar diante das lideranças do Comando Vermelho em reuniões.  

“Ademais, durante as investigações, foi apurado que o vereador Paulo Henrique de Figueiredo, entre os meses de fevereiro e abril do corrente ano de 2024, promoveu reunião presencial e chamada em grupo com a principal liderança do Comando Vermelho, Joadir, vulgo Jogador, com o intuito de evitar ou mitigar a punição imposta a seu assessor, Rodrigo de Souza Leal. Tal fato, evidencia a influência de Paulo Henrique dentro da referida facção criminosa”, disse.

 Rodrigo foi preso na primeira fase da operação, batizada por "Ragnatela", deflagrada em 5 de junho.

O grupo realizava shows nacionais em Cuiabá para lavar dinheiro para o CV, em uma dessas oportunidades Rodrigo teria desviado dinheiro do caixa.

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